Clima
La Niña deve impactar somente o próximo verão
O calorão do fim de semana com El Niño segue até quinta-feira.

Daumildo Júnior
15/03/2024 - 19:00

Na última quinta-feira, 14, o NOAA (sigla em inglês para Administração Nacional Oceânica e Atmosférica) reforçou a tendência de formação do La Niña no decorrer do segundo semestre deste ano. Segundo a meteorologista da Nottus, Desirée Brandt, o fenômeno só deve ter impacto a partir do próximo verão.
“A gente vai sentir os efeitos do fenômeno só lá no próximo verão, praticamente. Porque até a atmosfera que estamos sobre uma condição de La Niña, isso demora um pouco”, explicou a especialista.
O cenário para os próximos meses deve ter a despedida do El Niño e, logo em seguida, um período de neutralidade climática, ou seja, sem a ocorrência de nenhum dos dois fenômenos. Isso deve acontecer até o final do inverno, em setembro, quando o La Niña começa a se formar. Até o momento, a previsão é de uma intensidade fraca para o La Niña.
Um dos efeitos históricos do fenômeno de resfriamento das águas do Pacífico é provocar um atraso no período chuvoso no Brasil. “Aquela chuva da primavera, aquela chuva do verão pode chegar um pouquinho mais tarde”, explica Brandt.
A especialista também pondera que historicamente os efeitos maiores do La Niña são no Rio Grande Sul, provocando um período de estiagem maior. No entanto, esses efeitos tendem a ficar mais acentuados quando o La Niña ocorre de forma consecutiva.
Calorão do fim de semana com El Niño segue até quinta-feira
O destaque do fim de semana é novamente o calor, apesar de não se caracterizar como uma onda de calor.
A chuva retorna à região Sul, especialmente no estado do Rio Grande do Sul, depois de dias com tempo firme. Essa instabilidade pode alcançar inclusive o sul de São Paulo e Mato Grosso do Sul. No entanto, as temperaturas altas devem persistir.
Nas demais áreas do Sudeste e do Centro-Oeste é esperado um tempo firme, com pouca ou nenhuma chuva. Em Mato Grosso, algumas chuvas podem acontecer de forma passageira, assim como em Goiás.
No Norte e Nordeste, as chuvas seguem com intensidade, devido a atuação da ZCIT (Zona de Convergência Intertropical). O encontro entre as altas temperaturas e a umidade facilita as precipitações na área.
O calorão em todo o país só deve diminuir no meio da semana que vem, com a chegada de uma frente fria oceânica. Essa frente deve compor um corredor de umidade vindo da Amazônia. Isso provoca chuvas mais espalhadas e promove um refresco nas temperaturas.

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