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Marcos Fava Neves

Especialista em Planejamento Estratégico do Agronegócio

Esse texto trata de uma opinião do colunista e não necessariamente reflete a posição do Agro Estadão

Opinião

Vendas de etanol hidratado crescem e animam setor da cana

Estimado leitor, neste mês, iniciaremos mais um formato para colaborar com as suas decisões: a análise do setor da cana, bioenergia e transição energética.

18/03/2024 - 11:32

Foto: Adobe Stock
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Desde o início da safra 2023/24, a moagem de cana na região Centro-Sul atingiu 646,1 mi de t (+ 18,9%), frente as 543,1 mi de t alcançadas no mesmo período da temporada anterior, segundo dados da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar). Somente 21 unidades ainda estavam em operação até o final do primeiro mês do ano na região Centro-Sul, sendo 6 com processamento de cana, 7 de milho e 8 flex. No ciclo anterior, esse total era de 13 usinas. No acumulado do ano até 1º de fevereiro, 249 unidades já terminaram o processamento.

Para o mix de produção acumulado da safra, o favorecimento da cana destinada à produção de açúcar obteve um ganho percentual de 3,1% p.p. entre safras, estando em 49,0% na temporada atual (era 46,0% no ciclo anterior), enquanto isso o etanol está em 51,0% (era 54,1%).

No açúcar, desde 1º de abril, a fabricação totaliza 42,13 mi de t do adoçante, representando um aumento de 25,5% em comparação com as 33,56 mi de t do ciclo anterior, de acordo com dados também da Unica. Em janeiro de 2024, o Brasil exportou 3,2 mi de t (+58,1%), um volume recorde para o mês. Esse resultado, aliado a um dos preços mais altos dos últimos 7 anos, representou uma receita também recorde de US$ 1,69 bilhão, alta de 88,6% em relação ao mesmo mês de 2023. Assim, o preço médio da t ficou em US$ 528,00 (+ 19,3%). A Índia, apesar de ser a segunda maior produtora de cana-de-açúcar, foi a maior importadora do açúcar brasileiro no primeiro mês deste ano, tendo comprado US$ 157,24 mi.

E mesmo com as recentes chuvas que voltaram a região Centro-Sul, aliviando as preocupações relacionadas a possíveis impactos da seca nos canaviais brasileiros, os preços do açúcar voltaram a crescer. No fechamento de nossa coluna, o contrato de mar/2024 em Nova York estava em 23,37 centavos de dólar por libra-peso; e o de mai/2024 em 22,74 cts/lp. Em Londres, os contratos de mar/2024 e mai/2024 estavam em US$ 658,70/t e US$ 644,60/t.

No etanol, desde o início do atual ciclo agrícola até 1º de fevereiro, a fabricação total de biocombustível atingiu 32,11 bilhões de litros (+ 15,1%). Destes, 19,23 bilhões de litros correspondem ao etanol hidratado (+ 20,0%), enquanto 12,88 bilhões de litros são de etanol anidro (+ 8,3%). A produção de etanol de milho no acumulado da safra alcançou 5,17 bilhões de litros, um avanço de 42,0%.

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Em janeiro de 2024, as vendas de etanol atingiram 3,00 bilhões de litros (+ 38,2%). Esse crescimento representou o maior volume comercializado desde outubro de 2020. O etanol anidro registrou vendas de 1,11 bilhão de litros (+1,3%), enquanto o etanol hidratado teve vendas de 1,89 bilhão de litros (+75,5%). No acumulado da safra 2023/24, as vendas de etanol totalizam 26,95 bilhões de litros (+9,4%), sendo 16,27 bilhões de litros de etanol hidratado (+15,7%), e 10,68 bilhões de litros do anidro (+1,0%). 

Por fim, o Açúcar Total Recuperável (ATR) fechou o mês de janeiro em R$ 1,1508/kg, segundo o Consecana (Conselho dos Produtores e Indústria da Cana), queda mensal de 4,5%. No acumulado da safra, o indicador está em R$ 1,2173/kg. Nossa sugestão é de que termine o ciclo atual ao redor de R$ 1,20/kg.

Boa análise dos dados e boas decisões!

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