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Agropolítica

Teixeira prevê Plano Safra recorde para agricultura familiar

Anúncio será feito nesta segunda; setor aguarda manutenção das taxas de juros da última safra e uma dotação mínima de R$ 12 bilhões para a equalização

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Paloma Santos | Brasília

30/06/2025 - 05:00

Foto: Adobe Stock
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta segunda-feira, 30, às 11h, do anúncio Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, no Palácio do Planalto. Serão divulgados o valor previsto de financiamento e juros para o setor, além de ações direcionadas à produção de alimentos, agroecologia, enfrentamento às mudanças climáticas e acesso à tecnologia.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, confirmou ao Agro Estadão que o volume destinado à agricultura familiar será novamente recorde, mas não quis adiantar valores. “Esse país é produtor de alimentos. Tivemos deflação dos alimentos e isso é resultado das políticas corretas. Planos Safras recordes, safras recordes”, afirmou.

Há indícios de que as taxas de juros do ano passado sejam mantidas, com exceção da soja. Segundo fontes consultadas pela reportagem, o governo fala em taxas diferenciadas para arroz, feijão, leite, hortifruti e agroecológicos, mas nada foi definido até agora.  

Em 2024, o Plano Safra disponibilizou R$ 76 bilhões para a agricultura familiar e R$ 400,59 bilhões em crédito para a agricultura empresarial. O volume total foi 9% maior que o do ciclo anterior.

Na terça, 01, às 11h, será feito o anúncio voltado aos produtores empresariais, também com a presença do presidente Lula e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. 

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Construção complexa 

Apesar da sinalização positiva, integrantes do governo admitem que a construção do plano desta temporada é mais complexa. O subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, já havia antecipado que as fontes de recursos estão mais restritas este ano. “Está sendo um dos planos mais difíceis. As fontes estão limitadas por renegociações e pelo aumento do custo de equalização com a Selic elevada”, disse em entrevista ao Agro Estadão.

Na semana passada, ao comentar o congelamento de R$ 445,1 milhões no orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), o secretário nacional de Políticas Agrícolas, Guilherme Campos, reconheceu que vários fatores vão afetar diretamente a construção do Plano Safra. “Está tendo que se tomar outros caminhos, e são todos eles custosos e difíceis”, disse ao Agro Estadão.

Pleito do Rio Grande do Sul

Representantes do setor produtivo acompanham com atenção o fechamento dos números. O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, por exemplo, defende a manutenção das taxas de juros da última safra e uma dotação mínima de R$ 12 bilhões para a equalização. “Se o governo não suplementar esse orçamento, vamos ter 50% menos recursos equalizados”, afirmou. 

O dirigente também cobrou medidas para renegociação das dívidas no Rio Grande do Sul, que enfrenta o quinto ano consecutivo de perdas climáticas. Segundo ele, o grupo de trabalho anunciado para tratar das questões ligadas ao assunto não teve a publicação formalizada. “Se não resolvermos as dívidas, muitos não conseguirão acessar crédito do Plano Safra”, enfatizou.

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