Agropolítica
Sedes do Incra em Sergipe e Mato Grosso do Sul são invadidas pelo MST
Movimento promete ações até sexta-feira, 19, com invasões e atos para marcar o Abril Vermelho
2 minutos de leitura 17/04/2024 - 15:13
Por: Da Redação | Atualizada em 18/04/2024 às 12h45
Ao menos duas sedes do Instituto Nacional de Colonização e da Reforma Agrária (Incra) foram invadidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nesta semana de mobilizações.
A sede do Incra em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, foi invadida por cerca de 200 manifestantes do MST na manhã de quarta-feira, 17. Em Aracaju/Sergipe os integrantes do movimento ocuparam o espaço na segunda-feira, 15, e na terça, realizaram uma audiência pública com a presença do superintendente do Incra no estado.
No Ceará, o MST ocupou a sede da Secretaria estadual de Educação, em Fortaleza. Cerca de 500 manifestantes usaram cartazes para denunciar o descaso com as escolas dos assentamentos de Reforma Agrária, assim como a construção de novas escolas no estado.
Ao todo, quase 30 áreas foram invadidas no Distrito Federal e em onze estados: Sergipe, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Bahia, Pará, São Paulo, Goiás, Ceará e Rio de Janeiro. Desde segunda-feira, 15, o movimento começou a realizar os atos no chamado Abril Vermelho, em repúdio à morte de 21 sem terra em Eldorado dos Carajá, no Pará, em 1996. De acordo com o MST, as ações seguem até esta sexta-feira, 19, envolvendo mais de 20 mil famílias.
O que dizem as instituições que tiveram as sedes invadidas pelo MST
Em nota, a Secretaria da Educação do Ceará informou que recebeu representantes do MST e que tem um “diálogo contínuo e construtivo com os diversos atores sociais, incluindo o MST, em prol de uma educação pública e de qualidade”. A Seduc disse que já houve avanço em muitas pautas do movimento e que seguirá trabalhando.
A Superintendência do Incra em Mato Grosso do Sul informou, também em nota, que a mobilização é pacífica. “O objetivo é a entrega da pauta de reivindicações e sugestões”, conclui a nota.
Em SP, famílias deixam área após decisão da Justiça
O movimento informou que as 300 famílias de Sem Terra que ocuparam a fazenda Globo Suinã, em Agudos (SP), deixaram o local na terça-feira, 16. A Justiça determinou a reintegração de posse do local.
Já em Goiás, após o governador Ronaldo Caiado afirmar “não vai ter invasão”, a Polícia Militar impediu a entrada de 250 integrantes do MST em parte da Usina CBB, localizada em Vila Boa de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
Após negociação, o grupo deixou a área pacificamente. Cinco integrantes do movimento, apontados como líderes, foram encaminhados à delegacia da Polícia Civil e autuados por esbulho possessório (ação para tomar posse de um bem de forma ilegal), ameaça e danos.
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