Agropolítica
Declaração Anual de Rebanho vai até 30 de junho na maioria dos estados
Declaração é obrigatória para todos os produtores que possuam animais, mesmo se não houve alterações no plantel
Paloma Santos | Brasília
01/06/2025 - 08:00

O prazo para a entrega da Declaração Anual de Rebanho teve início em 1º de maio e vai até 30 de junho em diversos estados brasileiros, além do Distrito Federal. O registro é obrigatório para todos os produtores que possuam animais em suas propriedades, inclusive os pequenos. A exigência inclui espécies como bovinos, bubalinos, suínos, aves, ovinos, caprinos, equinos, peixes e abelhas.
A iniciativa, que visa garantir o controle sanitário, a rastreabilidade e o planejamento da produção pecuária, é regulamentada por meio dos órgãos de defesa agropecuária estaduais. Por isso, os períodos de cadastro variam país afora. Confira a lista dos estados cujo prazo está aberto e recebem o registro até o dia 30 deste mês:
- Rio Grande do Sul;
- Santa Catarina;
- Espírito Santo;
- Minas Gerais;
- Paraná;
- Mato Grosso;
- Goiás;
- Ceará;
- Paraíba;
- Alagoas;
- Sergipe;
- Piauí;
- Maranhão;
- Amapá;
- Acre.
Outros prazos
Em São Paulo, o prazo é 7 de junho. A declaração pode ser feita no sistema Gedave. Outra forma é ir pessoalmente em uma das Unidades da Defesa Agropecuária distribuídas pelo estado ou enviar um e-mail com o formulário disponível no site da defesa.
Em Tocantins, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) prorrogou, até 10 de junho, o prazo para que os produtores rurais façam a declaração de informações pecuárias sem o pagamento de multa. Para fazer a declaração obrigatória, é preciso procurar a Adapec, que está presente nos 139 municípios do estado.
No Pará, a atualização foi prorrogada para 16 de junho. Produtores rurais ou seus representantes legais devem procurar a unidade da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) do seu município, com documento oficial e relação completa dos animais com; quantidade, espécie, idade e sexo.
No Amazonas, a declaração dos rebanhos vai até 15 de junho e pode ser feita, presencialmente, em um dos escritórios da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) ou via atendimento remoto, no WhatsApp (92) 99238-5568. O prazo é o mesmo para a Bahia. A Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adab) disponibiliza um sistema online, o SIDAB, para a declaração.
Em outros estados, como Rio de Janeiro, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Rio Grande do Norte, a primeira etapa da declaração foi concluída em maio.
Segurança sanitária
Por meio da declaração, os órgãos de defesa agropecuária monitoram a saúde animal, previnem surtos de doenças, mantêm o status sanitário necessário para exportações e subsidiam políticas públicas voltadas ao setor. Além disso, a declaração é utilizada para assegurar a credibilidade do país como fornecedor seguro de alimentos de origem animal.
Só no Rio Grande do Sul, a expectativa da Secretaria de Agricultura (Seapi) é que sejam entregues 361 mil declarações neste ano. Segundo a Secretaria, o objetivo é conhecer e manter atualizado o quantitativo de animais no território gaúcho, fortalecendo os programas de defesa agropecuária e abrindo portas para mercados internacionais.
“O produtor, além de estar cumprindo uma obrigação legal, está contribuindo para o aperfeiçoamento das bases de dados de defesa sanitária animal, possibilitando ter uma melhor visão do cenário produtivo e sanitário do Estado”, afirmou em nota à imprensa o chefe da Divisão de Controle e Informações Sanitárias (DCIS) da Seapi, Paulo André Santos Coelho de Souza.
A gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa de Goiás, Denise Toledo, enfatizou que a declaração é um instrumento fundamental. “Com dados atualizados, conseguimos agir com rapidez e assertividade diante de qualquer ocorrência sanitária, além de planejar medidas sanitárias e defesa agropecuária no Estado”, disse, por meio de comunicado.
Newsletter
Acorde
bem informado
com as
notícias do campo
Mais lidas de Agropolítica
1
Banco do Brasil diz que produtores em recuperação judicial não terão mais crédito; FPA reage
2
Lista de espécies invasoras do MMA pode incluir eucalipto, pínus, jaca e manga
3
Crédito rural de R$ 12 bi segue indisponível nas instituições financeiras
4
Entidades reagem à inclusão da tilápia como espécie invasora pelo MMA
5
Mapa confirma que 'não há perspectiva' de liberação de orçamento do Seguro Rural
6
Senado quer ouvir Marina Silva sobre inclusão de tilápia como espécie invasora
PUBLICIDADE
Notícias Relacionadas
Agropolítica
Governo autoriza remanejamento de recursos do Pronaf
Medida, prevista em portaria, visa ajustar o Plano Safra à demandas de bancos; maior parte é de recursos destinados a investimentos
Agropolítica
Tomada de crédito do Plano Safra 2025/2026 cai 7%, indica Mapa
Concessão em linhas tradicionais excluindo as CPRs, o crédito rural teve um recuo de 22%, chegando a R$ 128,2 bilhões
Agropolítica
EUA devem responder ao Brasil sobre tarifas nos próximos dias, diz Vieira
Após encontro com secretário de Estado norte-americano, chanceler brasileiro evitou comentar sobre as tarifas para o café
Agropolítica
Brasil abandona acordo por transporte pesado elétrico um dia após assinatura
Após repercussão negativa, Ministério dos Transportes deixou coalizão global e reafirmou meta de quadruplicar biocombustíveis até 2035
Agropolítica
Governo amplia prioridades de medidas antitarifaço do Plano Brasil Soberano
Linhas especiais de financiamento passam a contemplar empresas com 1% ou mais do faturamento afetado pelas tarifas dos EUA
Agropolítica
Governo discute tornar Seguro Rural despesa obrigatória, mas depende de convencimento interno
Expectativa do Mapa é que a medida, entregue a Fernando Haddad, ganhe apoio em outros ministérios e no Congresso Nacional
Agropolítica
Brasil amplia exportações para Emirados Árabes e Líbano
Produtos de origem animal e vegetal ampliam presença brasileira no exterior após novos acordos
Agropolítica
Mapa fecha duas fábricas clandestinas de bebidas alcoólicas em TO
Operação em parceria com a Polícia Civil, a Perícia Técnica e a Vigilância Sanitária recolheu 11 mil litros de destilados impróprios para consumo