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Agropolítica

Preço mínimo do arroz aumenta 5% no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina

Farsul diz que preços mínimos estão abaixo da realidade; nas demais regiões, o reajuste do arroz foi de 10%

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Fernanda Farias | Porto Alegre | fernanda.farias@estadao.com

16/07/2024 - 18:57

Foto: Adobe Stock
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O preço mínimo do arroz para a safra 2024/2025 e 2025 foi reajustado, conforme portaria publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária no Diário Oficial da União desta terça-feira, 16. O aumento já havia sido prometido pelo governo federal após a crise com o setor produtivo em função do leilão de importação do cereal. 

Para o arroz longo fino em casca tipo 1, o preço da saca de 60 kg terá aumento de 10%, passando de R$ 72,73 para R$ 80 nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e no Paraná. Já no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a saca de 50 kg passará de R$ 60,61 para R$ 63,64, reajuste de 5%.

No caso do arroz longo em casca tipo 2, os preços passam de R$ 20,55 para R$ 21,58 na saca de 50 kg para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina (+5%); e de R$ 26,90 para R$ 29,59 na saca de 60 kg para o Paraná e as regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do país. 

Os valores são usados como referência nas operações ligadas à Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Em nota, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) afirma que o objetivo é estimular a produção e assegurar uma remuneração mínima ao agricultor, caso o preço do produto fique abaixo do mínimo no mercado.

A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) afirma que os preços mínimos do arroz estão muito abaixo da realidade. “Se realocássemos os recursos envolvidos para fazer preço mínimo em políticas como o seguro rural, por exemplo, teríamos resultados muito melhores”, avalia Antonio da Luz, economista-chefe da Farsul. 

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Ao Agro Estadão, ele diz que a política de preço mínimo é “tão ruim quanto ultrapassada” e que a preocupação é com o impacto dela no crédito de giro. “É a partir daquela cotação que se limita o valor tomado pelo produtor pelo seu produto depositado e entregue como garantia aos agentes financeiros”, argumenta. 

Cacau tem maior reajuste entre os produtos; preço mínimo da soja cai e do leite permanece o mesmo

O cacau cultivado (amêndoa) teve o maior reajuste entre os produtos (+14,71%), passando de R$ 13,05 para R$ 14,97 o quilo no Centro-Oeste e Norte. Já no Nordeste e no Espírito Santo, o preço do quilo caiu (-4,53%) de R$ 16,10 para R$ 15,37. Os valores serão praticados até junho de 2025.

O preço mínimo da soja teve queda de -11,86% e passou de R$ 86,54 para R$ 76,28 em todas as regiões produtoras, com validade até dezembro de 2025. 

No milho, o maior reajuste foi para o Nordeste (exceto oeste da Bahia, MA e PI), onde a saca de 60 kg passa de R$ 50,30 para R$ 55,07 (+9,48%), com validade até maio de 2026. 

No Oeste da Bahia, Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins, o reajuste é de +3,42%; enquanto no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina não houve alteração, permanecendo em R$ 52,38 a saca de 60kg até dezembro de 2025.

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Nesses dois estados, o preço do sorgo também não foi alterado e a saca de 60 kg custa R$ 39,39. O valor do litro do leite também não sofreu reajuste positivo ou negativo em nenhuma região produtora.

De acordo com a portaria, algodão em caroço, algodão em pluma, borracha natural, caroço de algodão, feijão cores e feijão preto tiveram reajuste para baixo nos preços mínimos. 

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