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Agropolítica

MP para importação de arroz depende de orçamento extra 

Conab diz que autorização para compra de 1 milhão de toneladas do cereal é uma “prevenção”

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Fernanda Farias | fernanda.farias@estadao.com

08/05/2024 - 21:27

Edegar Pretto, presidente da Conab. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Edegar Pretto, presidente da Conab. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A Medida Provisória que vai autorizar a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a realizar a importação de um milhão de toneladas de arroz do exterior pode ficar pronta nesta quinta-feira, 09. Até o horário da publicação desta reportagem, equipes do governo trabalhavam na elaboração do texto para ser publicado no Diário Oficial da União (DOU). O presidente da Conab contou ao Agro Estadão que técnicos da companhia participavam da discussão no Palácio do Planalto. 

“Meu diretor me ligou há pouco, estão discutindo porque precisamos de um orçamento extra”, afirmou Edegar Pretto, que é gaúcho e está em Porto Alegre (RS), participando do gabinete de crise montado no Palácio Piratini, sede do governo estadual. Segundo Pretto, não existe um valor definido ainda.

CONTEÚDO PATROCINADO

A medida provisória é necessária porque a operação será de importação. Após a publicação no DOU, a MP passará por votação no Congresso Nacional. Edegar Pretto explica que a autorização será como uma “carta na manga” para garantir o abastecimento, mas sem causar problemas aos produtores de arroz. 

“Temos que deixar isso muito claro. Não significa que vamos comprar um milhão de toneladas, nem que vai ser agora, e que vamos usar toda ela”, afirma Pretto. Ela é necessária porque não podemos ficar vulneráveis à especulação. Precisamos ter uma proteção para o consumidor, mas proteção também à produção nacional”, completa. 

No final da tarde desta quarta-feira, o ministro da Agricultura reforçou a jornalistas que a intenção é evitar a especulação. “Se possível [comprar] já descascado e embalado e distribuir para evitar inflação de alimentos, sobrepreço . Já, já tudo volta ao normal e o Rio Grande do Sul volta a abastecer o Brasil de arroz”, disse Carlos Fávaro. 

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Ele também garantiu que não há necessidade de reduzir a alíquota de importação, porque o arroz deve ser comprado do Mercosul – pela facilidade logística e rapidez – que já tem tarifa zero. Desde o anúncio da intenção de realizar o leilão, entidades do setor produtivo têm feito críticas sobre a necessidade da medida.  

RS tem arroz, mas estradas para escoar a produção estão destruídas ou alagadas

O presidente da Conab destaca o trabalho que está sendo feito no Rio Grande do Sul, que prioriza os resgates no momento. A avaliação das dimensões das perdas será em um segundo momento, quando houver condições de chegar nas propriedades. Edegar Pretto lembra, também, que cerca de 80% do arroz já haviam sido colhidos e estão nos armazéns. 

“Não podemos dimensionar o que se perdeu nos armazéns, mas temos notícias de uma região [entre Porto Alegre e Santa Maria] que a água entrou nos armazéns, e é uma importante região produtora”, analisa. 

Segundo Pretto, há muito arroz de qualidade guardado que não tem condições de ser escoado no momento pela dificuldade logística. “Não sabemos quanto tempo levará para a trafegabilidade voltar em 100%”, afirma. 

Na noite desta quarta-feira, 85 trechos em 44 rodovias estaduais e federais estavam com bloqueios totais e parciais, incluindo estradas e pontes, de acordo com o Governo do Rio Grande do Sul. Confira alguns trechos abaixo ou acesse o mapa interativo.

mapa com bloqueio nas estradas no dia 08 de maio
Mapa indica bloqueios totais em vermelho e bloqueios parciais em amarelo. Imagem: Governo do RS

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