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Agropolítica

Cadeia do Algodão pede linha emergencial de até R$ 8 bilhões para quitar dívidas da soja

Produtores que plantam algodão também cultivam soja e milho e temem que quebra na safra dos grãos prejudique o próximo plantio da pluma

2 minutos de leitura

16/02/2024 | 17:46

Por: Leticia Luvison | leticia.flores@estadao.com

plantinha nascendo na lavoura
Foto: Adobe Stock

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão entregou ao Ministério da Agricultura um documento com quatro pedidos para amenizar os efeitos da quebra de safra da soja, devido principalmente ao El Niño.  Os reflexos dos problemas na soja interferem diretamente na pluma, já que normalmente quem planta algodão também planta soja.  

“O produtor de algodão é o mesmo que planta soja e milho, então o fluxo de caixa vai ser afetado. Isso pode levar a uma perda econômica muito maior”, diz o diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Marcio Portocarrero. De acordo com a Abrapa, 62% da produção brasileira da fibra ocorre em áreas de segunda safra, quando há uma sucessão imediata à soja.

Ao Agro Estadão, Portocarrero explicou que a principal sugestão enviada diretamente ao ministro Carlos Fávaro é a abertura de uma linha emergencial para contratos em dólar. Ele afirma que a necessidade estimada está entre R$ 5 bilhões e R$ 8 bilhões, considerando os agricultores que sofreram com o clima. 

“O produtor precisa fazer a roda girar, pagar fornecedor e garantir o crédito aberto pra plantar de novo daqui a alguns dias. A Agricultura não pode parar”, disse, com otimismo. 

Segundo Portocarrero, as conversas com Fávaro e com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, começaram há 20 dias. Sem dar mais detalhes das negociações, o diretor da ABRAPA contou que o ministro da Agricultura está empenhado na busca por essa linha e um anúncio pode ser feito nos próximos dias. 

Renegociação de dívidas, seguro rural efetivo e garantia de Preço Mínimo

O pacote de reivindicações feito pela Câmara Setorial do Algodão inclui  renegociação de dívidas, seguro rural efetivo, subvenção e garantia de Preço Mínimo.

Sobre a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), o setor discutiu a importância de dotação orçamentária, para obter estabilidade de renda para o produtor. Outro ponto enfatizado foi o Seguro Rural, cuja abrangência tem diminuído, e o modelo, segundo os produtores, precisa ser reavaliado, como algo consistente e não apenas lembrado quando os problemas chegam. 

“Os recursos têm de ser elevados já para o Plano Safra 2024/2025, para dar conta do que o campo precisa neste momento, mas o seguro tem que ser uma ferramenta que de fato funcione para como um instrumento de política agrícola, e que seja, também, interessante para que as empresas do ramo possam criar produtos e ofertar apólices com este fim”, disse o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, em nota.

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