Agricultura
Mercado agrícola: fatores climáticos no radar da soja, milho e café
Indefinição climática levanta incertezas para a safra brasileira 2025/26; já nos EUA, doenças nas lavouras ameaçam produtividade
Redação Agro Estadão
15/09/2025 - 16:14
O cenário para as principais commodities agrícolas no Brasil mostra relativa estabilidade, aponta a Markestrat. Diante do cenário, a consultoria indica atenção dos produtores às condições climáticas e às flutuações do mercado internacional.
No mercado de soja, os preços futuros apresentam leve valorização mensal, enquanto o físico permanece praticamente estável, refletindo a transição entre safra encerrada e expectativa pelo início do plantio. A consultoria alerta que “a indefinição climática no Centro-Oeste, com possibilidade de atraso das chuvas, preocupa e pode postergar a semeadura, afetando cronogramas de produção.”
Segundo a Markestrat, o produtor deve estar atento à formação de custos da nova safra, considerando os riscos climáticos e as incertezas regulatórias.
Milho
Para o milho, a safra 2024/25 fechou com preços físicos em leve recuperação mensal, enquanto os contratos futuros recuaram diante da pressão externa. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o avanço de doenças na lavoura ameaça parte da produtividade esperada, cenário que pode sustentar prêmios internacionais (valores pagos a mais pela qualidade dos grãos).
A consultoria reforça que, “para o produtor brasileiro, o cenário demonstra a importância de monitorar a correlação entre biocombustíveis e exportações, buscando capturar oportunidades diante da volatilidade externa.”
Café
No mercado de café, o arábica mantém ganhos expressivos no mês (+22,83%) e alta semanal moderada (+1,43%), enquanto o robusta passou por ajuste pontual no físico — com queda de 0,66% na última semana —, mas registra recuperação nos contratos futuros.
A consultoria acrescenta que a estabilidade em Nova York sugere acomodação dos preços, mas a volatilidade pode retornar diante de fatores climáticos e de produtividade, exigindo atenção redobrada ao planejamento comercial do produtor. “O fluxo de exportações brasileiras permanece robusto, consolidando receita cambial relevante e reforçando a confiança do mercado externo”, destacou a Markestrat.
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