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Agricultura

Você sabia que existe uma onça dos rios?

A ariranha, maior lontra do mundo com 2 metros, é vital indicador da saúde aquática dos rios

Nome Colunistas

Redação Agro Estadão*

24/11/2025 - 05:00

Foto: Adobe Stock
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A ariranha desperta fascínio pelos seus quase dois metros de comprimento e imponência nas águas doces da América do Sul. 

Esta espécie representa a maior lontra do mundo e conquistou o apelido de “onça dos rios” devido ao seu comportamento territorial agressivo e habilidade como predador de topo. 

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A ariranha atua como indicador da saúde dos ecossistemas aquáticos, controlando populações de peixes e mantendo o equilíbrio ambiental em rios e lagos. Sua presença sinaliza qualidade ambiental, enquanto sua ausência revela degradação do habitat aquático.

Características gerais e físicas da ariranha

A ariranha (Pteronura brasiliensis) pertence à subfamília Lutrinae, da família Mustelidae, e se distingue das demais lontras principalmente pelo porte avantajado. Medindo entre 1,7 a 2 metros de comprimento total e pesando de 22 a 35 quilos, representa a maior lontra semiaquática do planeta.

O formato achatado da cauda funciona como remo durante a natação, característica que inspirou parte de seu nome científico “Pteronura“, que significa “cauda em forma de asa”. 

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As membranas interdigitais conectam os dedos e facilitam o deslocamento aquático, enquanto as manchas brancas no pescoço servem como marca individual única para cada animal, similar às impressões digitais humanas.

Além disso, a anatomia da ariranha reflete adaptações específicas para vida semiaquática. O corpo alongado e hidrodinâmico permite mergulhos de até oito metros de profundidade, enquanto as narinas posicionadas no alto da cabeça facilitam a respiração durante natação superficial. 

A pelagem densa e impermeável mantém a temperatura corporal mesmo em águas frias.

Habitat e distribuição da ariranha

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A distribuição geográfica da ariranha abrange exclusivamente a América do Sul, concentrando-se em países como Brasil, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Guianas e Venezuela. Contudo, a espécie foi declarada extinta na Argentina e Uruguai devido à caça histórica e destruição do habitat.

No território brasileiro, que abriga a maior área de ocorrência, a espécie habita principalmente a Amazônia, Pantanal, Cerrado e remanescentes da Mata Atlântica. 

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Conforme pesquisas do Instituto Mamirauá realizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, as ariranhas preferem rios de correnteza baixa, lagos e lagoas marginais com abundante vegetação aquática.

As tocas, conhecidas como “locas”, são construídas estrategicamente sob raízes expostas ou árvores caídas nas margens. 

Essas estruturas subterrâneas possuem múltiplas entradas submarinas e câmaras secas elevadas, garantindo refúgio seguro durante enchentes e proteção contra predadores terrestres.

Comportamento e alimentação da ariranha

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Foto: Adobe Stock

A organização social das ariranhas baseia-se em grupos familiares compostos por até 20 indivíduos, incluindo casal reprodutor, jovens de diferentes idades e filhotes da última ninhada. 

Esses grupos apresentam comportamento territorial rigoroso, defendendo coletivamente trechos de rio que podem estender-se por vários quilômetros.

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Durante o dia, exploram ativamente seu território em busca de alimento, enquanto utilizam as locas para descanso noturno. A demarcação territorial ocorre através de latrinas coletivas posicionadas estrategicamente ao longo das margens, onde depositam fezes com odor característico. 

Quando ameaçado por onças-pintadas ou outros predadores, o grupo se organiza para expulsar invasores através de vocalizações altas e comportamento agressivo coordenado.

A dieta baseia-se principalmente em peixes, consumindo aproximadamente 3 quilos diários por indivíduo adulto. Entretanto, complementam a alimentação com crustáceos, anfíbios, répteis pequenos e, ocasionalmente, jacarés jovens. 

A técnica de caça envolve mergulhos coordenados em grupo, cercando cardumes e capturando presas com precisão notável.

Conservação da ariranha

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Foto: Adobe Stock

O ICMBio classifica atualmente a ariranha como “vulnerável” na lista nacional de espécies ameaçadas, enquanto a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) a considera “em perigo” de extinção globalmente. 

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Segundo dados oficiais do ICMBio e IBAMA, a espécie vem demonstrando sinais de recuperação em áreas protegidas, especialmente no Pantanal e na Amazônia, graças às políticas de preservação implementadas.

As principais ameaças incluem destruição e fragmentação do habitat aquático, contaminação por agrotóxicos e metais pesados provenientes do garimpo, além de conflitos históricos com pescadores. 

O Pantanal concentra as maiores populações conhecidas, representando área prioritária para conservação da espécie.

O Projeto Ariranhas, desenvolvido desde 2019, e iniciativas do SOS Pantanal trabalham ativamente na conservação através de monitoramento populacional, educação ambiental e pesquisa científica. 

Produtores rurais podem contribuir preservando matas ciliares, evitando contaminação de cursos d’água e apoiando projetos de conservação. 

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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