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Agricultura

Em tom de crítica ao governo, nova Diretoria da CNA toma posse em Brasília

João Martins defendeu políticas ambientais mais equilibradas e disse que guerra comercial tem impactado país

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Daumildo Júnior | Brasília | daumildo.junior@estadao.com

10/12/2025 - 08:20

Posse da nova diretoria da CNA ocorreu na noite dessa terça-feira, 09. Foto: Paulo Henrique Carvalho/CNA
Posse da nova diretoria da CNA ocorreu na noite dessa terça-feira, 09. Foto: Paulo Henrique Carvalho/CNA

A nova Diretoria Executiva da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) tomou posse nesta terça-feira, 9. No discurso, o presidente da CNA, João Martins, falou sobre os rumos para a entidade nos próximos quatro anos, período de mandato. Além disso, fez críticas ao governo ao condenar as atuais políticas econômicas. 

“A volta da crise fiscal, não por falta de impostos, mas por excesso de despesas governamentais, preocupa-nos muito. Não é exagero afirmar que o conjunto de políticas econômicas do atual governo prejudica muito a atividade rural. Precisamos nos preparar para esse novo momento, que é diferente de oito anos atrás”, disse Martins ao relembrar quando se tornou presidente eleito da CNA pela primeira vez em 2017.

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Ao falar sobre o futuro e os desafios que a CNA irá enfrentar, o baiano disse que a disputa comercial envolvendo países como Estados Unidos e China “vem afetando muito o Brasil”. Além disso, comentou que questões ideológicas têm trazido “insegurança jurídica”.

“Precisamos de políticas públicas coerentes para corrigir as distorções da concorrência desleal adotada por alguns países. As políticas ambientais têm de se equilibrar e levar em consideração, principalmente, as populações mais pobres e pessoas mais vulneráveis. As políticas climáticas não podem ficar indiferentes à sorte das pessoas reais e se manter no cerco da produção rural”, acrescentou. 

Reeleito para o mandato à frente da instituição representativa do setor, Martins está no comando da CNA desde 2015, quando era vice-presidente e assumiu a presidência com a saída de Kátia Abreu do cargo. Em 2017, concorreu pela primeira vez para presidente, onde permanece desde então. Em outubro, as federações o reelegeram de forma unânime para continuar à frente da CNA até dezembro de 2028.

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Noite de gala com presenças e ausências

A cerimônia de posse contou com uma série de autoridades, além de membros de diferentes federações rurais que compõem a CNA. Apesar das pautas movimentadas nas Casas Legislativas, diferentes parlamentares marcaram presença. Foi o caso do ex-presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (Republicanos-PR) e da ex-ministra da Agricultura, senador Tereza Cristina (PP-MS), que foi uma das convidadas a discursar. 

O outro nome do setor que teve a palavra durante o evento foi o também ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Representantes de associações de diferentes segmentos agropecuários também estiveram presentes. No entanto, não houve membros do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a exceção da presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvia Massruhá.  

Além de Martins, outros nomes da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal tomaram posse na noite dessa terça:

  • 1º vice-presidente – Gedeão Silveira Pereira, do Rio Grande do Sul;
  • 2º vice-presidente – Antônio Pitangui de Salvo, de Minas Gerais;
  • 1º vice-presidente de Finanças – Humberto Miranda, da Bahia;
  • 2º vice-presidente de Finanças – Muni Lourenço Silva Júnior, do Amazonas;
  • 1º vice-presidente de Secretaria – Marcelo Bertoni, do Mato Grosso do Sul;
  • 2º vice-presidente de Secretaria – José Amílcar de Araújo Silveira, do Ceará;
  • Titular do Conselho Fiscal – Álvaro Arthur Lopes de Almeida, de Alagoas;
  • Titular do Conselho Fiscal – Paulo Carneiro, do Tocantins;
  • Titular do Conselho Fiscal – Hélio Dias de Souza, de Rondônia;
  • Suplente do Conselho Fiscal – Raimundo Coelho de Souza, do Maranhão;
  • Suplente do Conselho Fiscal – Luiz Iraçú Guimarães Colares, do Amapá;
  • Suplente do Conselho Fiscal – José Álvares Vieira, do Rio Grande do Norte.

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