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Agricultura

Entenda as diferenças entre café arábica e café robusta

Para produtores e consumidores, entender as distinções entre as espécies de café Arábica e Robusta é fundamental, pois elas moldam desde o cultivo e o custo até o perfil sensorial da bebida final

Nome Colunistas

Redação Agro Estadão*

22/09/2025 - 05:00

Cafézinho - Foto: Adobe Stock
Cafézinho - Foto: Adobe Stock

O café é uma das bebidas mais apreciadas no mundo e, para os produtores rurais, compreender as características específicas de cada espécie é fundamental para otimizar a produção, melhorar a qualidade do produto final e maximizar a rentabilidade. 

As duas principais espécies cultivadas comercialmente são a Coffea arabica (café arábica) e a Coffea canephora (café robusta ou conilon). Cada uma possui particularidades que influenciam desde o cultivo até o sabor na xícara.

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As fundamentais diferenças entre café arábica e café robusta

diferenças entre café arábica e café robusta
Café arábica e café robusta – Foto: Adobe Stock

Origem e distribuição geográfica

O café arábica é originário das terras altas da Etiópia, adaptando-se bem a regiões montanhosas. No Brasil, é cultivado principalmente em estados como Minas Gerais, São Paulo e nas regiões montanhosas do Espírito Santo. 

Por outro lado, o café robusta tem suas raízes nas florestas tropicais da África Central e Ocidental. No território brasileiro, o robusta, conhecido como conilon, é predominante nas baixadas do Espírito Santo, em Rondônia e na Bahia.

Características agronômicas e de cultivo

As exigências de cultivo de cada espécie são um ponto crucial para o produtor rural. O café arábica prospera em altitudes superiores a 800 metros, com temperaturas entre 18°C e 22°C e chuvas bem distribuídas. Esta espécie é mais sensível a geadas e secas, demandando um manejo mais cuidadoso.

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Em contrapartida, o café robusta se adapta melhor a altitudes até 800 metros, com temperaturas entre 22°C e 26°C e alta umidade. 

Esta espécie é naturalmente mais resistente a diversas pragas e doenças, como a ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix), graças ao seu maior teor de cafeína e robustez genética. Essa característica resulta em menor necessidade de aplicação de defensivos agrícolas, reduzindo os custos de manejo para o produtor.

O ciclo produtivo do robusta é mais rápido e sua produtividade por hectare é significativamente maior, o que pode ser atrativo para produtores que buscam maior volume de produção em menor tempo.

Aspectos físico-químicos dos grãos

As características intrínsecas dos grãos influenciam diretamente o sabor, aroma e processamento do café. O café robusta possui um teor de cafeína entre 2,5% e 4,5%, consideravelmente maior que o arábica, que contém entre 1% e 1,5%. 

Esta maior concentração de cafeína no robusta contribui para seu amargor característico e atua como um mecanismo de defesa natural contra pragas.

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O café arábica é rico em açúcares (6% a 9%) e lipídios (15% a 17%), elementos essenciais para o desenvolvimento de seu sabor complexo, aroma diversificado e acidez agradável durante o processo de torra. 

O robusta, por sua vez, contém menos açúcares (3% a 7%) e lipídios (10% a 11%), resultando em um perfil de sabor mais simples e terroso.

Perfil sensorial e qualidade da bebida

As qualidades organolépticas de cada café são determinantes para as preferências do mercado. 

O café arábica é conhecido por produzir uma bebida mais adocicada, com acidez vibrante e agradável, corpo médio e um aroma complexo e diversificado, que pode variar de notas florais e frutadas a caramelizadas e achocolatadas. Esta espécie é a mais valorizada no mercado de cafés especiais e gourmet.

O café robusta, por outro lado, resulta em uma bebida com sabor mais forte, encorpado e amargo, com notas que podem remeter a borracha, madeira ou nozes, e um aroma menos pronunciado. 

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É valorizado pela sua cremosidade, especialmente em espressos, e por conferir corpo aos blends. É amplamente utilizado em cafés solúveis e em misturas com arábica para intensificar o sabor e reduzir custos.

Impacto das diferenças entre café arábica e robusta na rentabilidade do produtor

diferenças entre café arábica e café robusta
Café em grão e moído – Foto: Adobe Stock

A escolha entre o cultivo de café arábica ou robusta tem implicações significativas na rentabilidade do produtor. 

O café arábica, devido à sua qualidade superior e à crescente demanda por cafés especiais, geralmente alcança preços mais altos no mercado internacional e interno, oferecendo maior valor agregado por saca.

O café robusta, embora tenha um preço por saca geralmente menor, pode compensar pela maior produtividade por hectare e menor custo de manejo. Isso o torna uma opção rentável para produtores com foco em volume e em mercados que valorizam o corpo e a cremosidade da bebida. 

É fundamental que o produtor identifique o nicho de mercado para cada tipo de café, pois isso influencia diretamente a estratégia de comercialização.

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Os custos associados ao cultivo de cada espécie também variam. O robusta requer menos defensivos agrícolas, o que pode reduzir os custos de produção. 

Por outro lado, a colheita seletiva do arábica, especialmente para cafés especiais, pode ser mais cara em comparação com a colheita mais mecanizada ou “derriça” do robusta.

Apesar de o robusta tolerar mais calor, ele pode demandar irrigação estratégica em certas regiões para otimizar sua alta produtividade. O arábica, sendo mais sensível a deficiências hídricas, pode requerer sistemas de irrigação mais sofisticados em algumas áreas.

É importante ressaltar que a análise dos custos deve ser feita considerando o potencial de retorno de cada espécie. 

O produtor deve avaliar cuidadosamente as condições de sua propriedade, o mercado-alvo e seus objetivos de negócio para determinar qual espécie ou combinação de espécies será mais rentável em seu contexto específico.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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