Cotações
Café: cotações do arábica atingem maior patamar desde 2022
A saca de 60 kg do café arábica está 5,% maior em relação ao mês passado e é comercializada a R$ 1.419,90
1 minuto de leitura 31/07/2024 - 09:30
Rafael Bruno | São Paulo | rafael.bruno@estadao.com
O café arábica, variedade mais produzida pelo Brasil, chegou ao fim de julho no maior patamar real de preços desde fevereiro de 2022. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o resultado foi obtido após deflacionamento, ou seja, foi expurgado o efeito inflacionário sobre os períodos comparativos com base no Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI).
Conforme levantamento do Cepea, até o dia 29 de julho, a saca de 60 kg do grão (tipo 6/bebida dura), posto na capital paulista, registrava média de R$ 1.419,90. O valor é 5,2% maior na comparação com o mês passado e 73% superior à média de julho de 2023.
De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos, os preços tiveram alta volatilidade neste mês, com o setor atento à disponibilidade mundial do grão e os reflexos das cotações internacionais. No radar, o volume ofertado pelo Brasil.
Segundo estimativa mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve colher cerca de 58,81 milhões de sacas de café beneficiadas na atual temporada. Se confirmado, o resultado representa o terceiro ano seguido de crescimento no volume total a ser colhido.
Para o café arábica, a expectativa da Conab é de uma safra de 42,11 milhões de sacas, entretanto, há um receio de que a produtividade seja menor, por conta das intempéries climáticas.
Já no cenário internacional, os agentes do mercado estão atentos à possibilidade de quebra de safra do robusta no Vietnã, também devido ao clima. Ainda conforme pesquisadores do Cepea, o real desvalorizado frente ao dólar tem impactado nas cotações mundiais, em especial do arábica.
Siga o Agro Estadão no Google News e fique bem informado sobre as notícias do campo.
Newsletter
Acorde
bem informado
com as
notícias do campo
Mais lidas de Cotações
1
Do clima à guerra, confira os fatores que têm movimentado as commodities
2
Apesar das chuvas, commodities agrícolas conseguem sustentar preços
3
Chicago despenca e semana termina com baixas para commodities agrícolas
4
Arroba do boi gordo em alta: o que vem pela frente
5
Carne suína fica mais barata e ganha competitividade no mercado
6
Indicador de feijão é lançado pela CNA e Cepea
PUBLICIDADE
Notícias Relacionadas
Cotações
Efeito Trump: dólar e juros em alta geram incertezas ao agro
Moeda ultrapassou R$ 6,00 no início do dia e mercado segue incerto com possíveis efeitos econômicos, fiscais e comerciais após eleição do novo presidente dos EUA
Cotações
Arroba do boi gordo em alta: o que vem pela frente
Demanda elevada e oferta restrita mantém tendência de alta no mercado pecuário; Consultoria Markestrat também analisa cenários para soja, milho, cana, algodão e café
Cotações
Preço da mandioca é o maior em 14 meses
Cepea aponta que produtores estão segurando a comercialização devido à baixa rentabilidade da raiz
Cotações
Frango tem 3º mês de alta
Alta nos preços da carne bovina contribuem para a competitividade da proteína de frango
Suínos: preços avançam pelo sexto mês consecutivo
Impulso vem do ritmo das exportações e procura aquecida no mercado doméstico, diz Cepea
Preço do boi gordo sobe 15% em outubro
Valorização é distinta entre as praças, refletindo o nível de oferta em cada região
Cotações do algodão brasileiro perdem competitividade
Oferta doméstica elevada e câmbio valorizado impulsionam aumento da diferença entre preços internos e externos
Café: chuvas garantem florada e renovam otimismo com a safra 25/26
O Cepea alerta, no entanto, para a necessidade de precipitações contínuas para garantir uma boa produção