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Economia

Alerta! Conheça as principais doenças do café

As doenças do café são causadas por fatores ambientais, como umidade e temperatura, e por práticas de manejo inadequadas, como falta de poda e adubação desequilibrada

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Redação Agro Estadão*

06/03/2025 - 08:00

Foto: Adobe Stock
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O café é um dos pilares da economia brasileira e mundial, no entanto, a produção cafeeira enfrenta diversos desafios, sendo as doenças um dos principais fatores que impactam negativamente a produtividade e a qualidade dos grãos. 

Essas enfermidades podem causar perdas significativas nas lavouras, afetando diretamente a renda dos produtores e a oferta do produto no mercado global.

CONTEÚDO PATROCINADO

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foi estimada em 51,8 milhões de sacas de café beneficiado. Além disso, a área total destinada ao cultivo do café no Brasil é de 2,25 milhões de hectares.

Com tamanha produção, é fundamental conhecer quais são as principais doenças para se prevenir e evitar problemas.

O que causa as doenças do café?

As doenças do café resultam de uma complexa interação entre diversos fatores, que juntos criam condições favoráveis para o surgimento e a disseminação de patógenos nas lavouras. 

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Os fatores ambientais desempenham um papel crucial nesse processo, com destaque para a umidade, temperatura e altitude. Regiões com alta umidade e temperaturas amenas, por exemplo, são mais propícias ao desenvolvimento de doenças fúngicas, como a ferrugem do cafeeiro.

Além disso, práticas de manejo inadequadas podem contribuir significativamente para o aparecimento de doenças. 

A falta de poda regular, o espaçamento incorreto entre as plantas e a adubação desequilibrada são exemplos de práticas que podem enfraquecer as plantas e torná-las mais suscetíveis a infecções. 

A qualidade das mudas utilizadas no plantio também é um fator determinante, pois mudas contaminadas ou de baixa qualidade podem introduzir agentes patogênicos na lavoura desde o início do cultivo.

Outro aspecto importante é a presença de patógenos no solo e em plantas hospedeiras ao redor da lavoura. Esses organismos podem sobreviver em restos culturais ou em outras plantas, servindo como fonte para novas infecções. 

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Por isso, a limpeza da área e o manejo adequado do entorno da lavoura são práticas essenciais para reduzir a incidência de doenças.

Principais doenças do café

Ferrugem do café

A ferrugem do cafeeiro, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, é considerada a doença mais importante e devastadora para a cultura do café no Brasil. 

Seus sintomas característicos são manchas alaranjadas na face inferior das folhas, que podem ser facilmente identificadas pelos produtores. 

Essas manchas, inicialmente pequenas e circulares, podem se expandir e cobrir grande parte da superfície foliar, levando à queda prematura das folhas.

O impacto da ferrugem na produção é significativo, pois a desfolha intensa reduz a capacidade fotossintética da planta, enfraquecendo-a e diminuindo sua produtividade. Em casos severos, pode ocorrer a seca de ramos e até mesmo a morte da planta. 

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A doença se dissemina rapidamente em condições de alta umidade e temperaturas entre 21°C e 25°C, sendo mais comum em altitudes entre 600 e 1.200 metros.

Para prevenir e controlar a ferrugem, é essencial adotar um conjunto de medidas integradas, que incluem:

  • o uso de variedades resistentes ou tolerantes à doença;
  • a aplicação de fungicidas preventivos e curativos, seguindo as recomendações técnicas;
  • o manejo adequado da lavoura, incluindo poda, adubação equilibrada e controle da irrigação.
Foto: Adobe Stock

Cercosporiose ou mancha de olho pardo

A cercosporiose, também conhecida como mancha de olho pardo, é causada pelo fungo Cercospora coffeicola. 

Seus sintomas são bastante característicos: manchas circulares de coloração marrom nas folhas, geralmente circundadas por um halo amarelado, dando origem ao nome “olho pardo”.

Esta doença afeta principalmente plantas jovens e lavouras mal nutridas, causando desfolha e enfraquecimento das plantas. 

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A cercosporiose pode ocorrer tanto em viveiros quanto em plantios definitivos, sendo mais severa em condições de alta luminosidade e déficit hídrico. Além das folhas, a doença pode afetar os frutos, causando sua queda prematura e reduzindo a qualidade do café.

O controle da cercosporiose envolve práticas culturais adequadas, como o manejo correto da irrigação e da adubação, especialmente com relação ao nitrogênio e ao potássio. 

A aplicação de fungicidas pode ser necessária em casos de alta incidência, sempre seguindo as orientações de um agrônomo.

Phoma

A phoma, causada pelo fungo Phoma tarda, é uma doença que tem ganhado importância nas lavouras cafeeiras, especialmente em regiões de altitude elevada e com temperaturas mais baixas. 

Os sintomas da phoma incluem manchas escuras nos ramos e frutos, além da seca de ponteiros, sendo um dos sinais mais característicos da doença.

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O impacto da phoma na produção de café pode ser significativo, levando à morte de ramos e, consequentemente, à redução da produtividade. A doença é favorecida por períodos de frio intenso, ventos fortes e alta umidade, condições comuns em regiões montanhosas.

Para o manejo da phoma, recomenda-se a adoção de práticas como o uso de quebra-ventos, a realização de podas de limpeza para remover ramos afetados e a aplicação de fungicidas específicos, quando necessário. 

A escolha de variedades mais adaptadas às condições climáticas da região também pode contribuir para reduzir a incidência da doença.

Bicho mineiro

Embora não seja uma doença propriamente dita, o bicho mineiro (Leucoptera coffeella) é uma das principais pragas do cafeeiro e merece atenção especial dos produtores. 

Os sintomas do ataque do bicho mineiro são facilmente identificáveis: as larvas do inseto formam galerias no interior das folhas, causando lesões características que aparecem como manchas irregulares de cor marrom.

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O impacto do bicho mineiro na produção de café é significativo, pois a infestação leva à redução da área foliar e, consequentemente, da capacidade de fotossíntese da planta. Em casos severos, pode ocorrer desfolha intensa, enfraquecimento da planta e queda na produtividade.

O controle do bicho mineiro requer uma abordagem integrada, que pode incluir:

  • monitoramento constante da lavoura para identificar os primeiros sinais de infestação;
  • uso de inseticidas seletivos, quando necessário, respeitando o período de carência;
  • manejo do ambiente da lavoura para favorecer os inimigos naturais da praga.

A adoção de práticas de manejo integrado, aliada à vigilância constante e à rápida intervenção, pode fazer a diferença entre uma lavoura produtiva e saudável e perdas significativas na produção. 

Os cafeicultores devem estar sempre atentos aos sintomas descritos e buscar orientação técnica especializada para implementar as melhores estratégias de manejo em suas lavouras.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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