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Sanidade animal: 7 dicas para manter caprinos e ovinos saudáveis
Caprinos e ovinos têm grande potencial de mercado, mas o baixo nível tecnológico dos produtores impede a consolidação do setor
Summit agro
27/06/2022 - 14:54
O Brasil tem um rebanho de 14 milhões de ovinos e mais de 8 milhões de caprinos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar das condições favoráveis à exploração econômica para a produção de carne, produtos oriundos das peles, leite, queijo e outros derivados, a atividade é praticada com baixo nível tecnológico.
Como garantir a sanidade animal de caprinos e ovinos?
O pequeno produtor, inclusive o pecuarista familiar, é essencial para a adoção de boas práticas de sanidade animal de caprinos e ovinos. A saúde e o bem-estar dos animais e as condições adequadas das instalações podem proporcionar um produto de maior valor agregado, conquistando novos mercados.
Confira sete dicas para proporcionar a sanidade de cabras e ovelhas.
1. Limpeza e desinfecção das instalações
Todas as instalações, como chão, comedouros e bebedouros, devem ser limpos diariamente para evitar o acúmulo de fezes, restos de alimentos e outras substâncias que podem prejudicar a saúde dos animais. A desinfecção com produtos químicos deve ser realizada a cada 15 dias ou 30 dias, respectivamente, nos sistemas intensivos e nos extensivos.
2. Nutrição correta
Os rebanhos alimentados de forma adequada são menos propensos a doenças e apresentam um melhor desempenho produtivo. Os cochos devem impedir que os animais defequem ou entrem neles, e as rações, inclusive o sal mineral, precisam ser armazenadas em locais fechados e livre de umidade, sem contato direto com o chão e as paredes.
3. Cuidados com o parto
A sobrevivência das crias tem um impacto econômico na produção de ovinos e caprinos. O produtor deve realizar desde cuidados pré-parto, como ordenhar o animal e desinfetar as mamas, a vulva e o rabo, até o pós-parto, a exemplo de observar a expulsão da placenta e oferecer os primeiros cuidados aos borregos e cabritos.
4. Imunize o rebanho
A imunização do rebanho deve acompanhar o cronograma regional, com vacinas adquiridas em lojas agropecuárias de confiança. No transporte e armazenamento da vacina é preciso observar a temperatura recomendada até o momento da aplicação — também é importante oferecer a vermifugação com doses adequadas ao peso de cada animal.
5. Quarentena para novos animais
Os animais recém-chegados de outras propriedades devem passar por um período de observação de quatro semanas separados para evitar a disseminação de doenças e facilitar a adaptação em novo ambiente. Antes da introdução no rebanho, é preciso fazer uma avaliação clínica geral e exame de fezes para garantir a saúde dos caprinos e ovinos.
6. Isolamento de animais doentes
A propriedade deve manter um local reservado, distante pelo menos 50 metros das instalações, para o isolamento individual de cabras e ovelhas doentes até se curarem. Ao notar o aparecimento de sintomas de doenças, os animais devem ser separados do rebanho para evitar a contaminação dos indivíduos saudáveis.
7. Descarte os resíduos
Todos os resíduos orgânicos ou químicos devem ser descartados corretamente para evitar a contaminação dos rebanhos. As fezes podem ser encaminhadas à esterqueira para a produção de adubo, e as embalagens de medicamentos devem ser descartadas conforme a bula. Já as carcaças precisam ser eliminadas por meio de composteira.
Fonte: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Internacional Despertando Vocações
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