Erva-de-santa-maria: para que serve e como utilizar o mastruz?

A erva-de-santa-maria é comum no Brasil, podendo ser encontrada em diversas feiras e lojas de produtos naturais. O uso fornece uma série de benefícios para a saúde, mas é preciso ter cuidado e experiência na hora de preparar os medicamentos naturais derivados dela, já que, em excesso, a planta pode ter efeitos nocivos.

A seguir, saiba um pouco mais da erva-de-santa-maria.

Erva-de-santa-maria

A erva-de-santa-maria, também conhecida como mastruz, é uma planta medicinal amplamente utilizada no Brasil e em outras partes da América Latina. Seu uso remonta a práticas tradicionais de cura, sendo reconhecida por suas propriedades terapêuticas.

A planta é rica em compostos bioativos, incluindo flavonoides, terpenos e óleos essenciais, que contribuem para suas diversas aplicações na medicina popular.

A erva é frequentemente utilizada em forma de chá, infusões e cataplasmas, e é considerada uma aliada no tratamento de várias condições de saúde.

Além de suas propriedades medicinais, a erva-de-santa-maria tem um papel importante na culinária, especialmente na cozinha mexicana, onde é utilizada para temperar pratos como feijão e carnes.

Características da planta

A erva-de-santa-maria é uma planta perene que pode atingir até 1 metro de altura, com folhas simples e de coloração verde-escura ou verde-clara. Suas flores são pequenas e esverdeadas, e os frutos são pequenos, esféricos e pretos.

O cheiro da planta é forte e característico, o que pode ser um indicativo de suas propriedades medicinais.

O nome científico é Chenopodium ambrosioides L., e é popularmente conhecida por diversos nomes, incluindo epazote, mastruço, mentruz, lombrigueira, chá-do-méxico e ambrósia-do-méxico. No sul do Brasil, é importante notar que o nome “mastruço” se refere a outra planta, a Coronopus didymus L..

Usos do mastruz para a saúde

Uma das ações mais estudadas da planta é como vermífugo, tendo ação antiparasitária comprovada graças ao ascaridol, substância ativa presente na erva.

Além disso, o epazote tem comprovadas propriedades antissépticas, podendo, portanto, ser utilizado no combate à proliferação de vírus e bactérias. Ainda em relação a doenças, a erva-de-santa-maria tem ação antiulcerosa, antimalárica, hipotensora e relaxante muscular.

Confira os principais benefícios da erva-de-santa-maria:

1. Vermífugo

O mastruz é amplamente conhecido por sua eficácia no combate a vermes intestinais, como lombrigas e tênias. O ascaridol, presente na planta, tem efeito semelhante a medicamentos vermífugos convencionais, como o albendazol.

2. Antisséptico

As propriedades antissépticas do mastruz o tornam útil no combate a infecções, ajudando a prevenir a proliferação de bactérias e vírus. É frequentemente utilizado para desinfetar feridas e cortes.

3. Anti-inflamatório

O mastruz pode ser utilizado para aliviar inflamações, especialmente em condições como artrite e reumatismo. O uso do chá ou cataplasma pode ajudar a reduzir a dor e o inchaço.

4. Digestão e gastrite

Além de ajudar na digestão, o mastruz é conhecido por aliviar sintomas de gastrite e dores estomacais. O chá preparado com suas folhas pode ser consumido após as refeições para melhorar a digestão.

5. Sistema imunológico

Estudos sugerem que o mastruz pode fortalecer o sistema imunológico, aumentando a produção de células de defesa, como linfócitos e macrófagos, o que ajuda o corpo a combater infecções.

6. Alívio de sintomas respiratórios

O chá de mastruz é frequentemente utilizado para aliviar sintomas de doenças respiratórias, como bronquite e asma, devido às suas propriedades expectorantes e anti-inflamatórias.

7. Cicatrização

O mastruz é conhecido por suas propriedades cicatrizantes, sendo utilizado em forma de cataplasma para acelerar a recuperação de feridas e cortes.

O epazote também auxilia no tratamento de gastrite e alivia dores estomacais. Além de todas essas funções, a erva-de-santa-maria é usada para aliviar o incômodo causado por picadas de insetos porque impede a proliferação de bactérias e, como é rica em antioxidantes, ajuda na cicatrização; para isso, ela é aplicada como cataplasma.

Outros usos e cuidados

A planta é comumente utilizada para temperar feijão, carnes e outros recheios na culinária mexicana, onde seu sabor forte e característico é valorizado.

Além disso, as folhas secas do mastruz são frequentemente utilizadas como repelentes naturais contra piolhos, pulgas e carrapatos, devido à presença de compostos como o α-terpineno e o mirceno.

Outra aplicação comum do mastruz é na forma de óleo essencial, que é extraído das folhas e pode ser utilizado em aromaterapia. No entanto, como é bastante forte, deve ser usado com acompanhamento profissional.

O óleo essencial é frequentemente utilizado para tratar dores musculares e articulares, mas deve ser diluído antes da aplicação na pele.

Em excesso, o mastruz pode ser tóxico para os seres humanos, gerando efeitos como náusea, vômito, lesões hepáticas e renais, surdez, transtornos visuais e auditivos, e insuficiência cardiorrespiratória.

Além disso, o uso excessivo do óleo essencial pode ter propriedades abortivas, o que torna seu uso contraindicado para crianças de até 3 anos, gestantes, lactantes, e pessoas com doenças hepáticas, renais e auditivas.