Summit Agro
Red Angus: conheça as vantagens e o mercado para a raça
Rebanhos de Red Angus têm ótima liquidez e são a principal alternativa de cruza com zebuínos
05/01/2022 - 15:00
A raça do boi Red Angus foi registrada em 1862, na Escócia. No entanto, foi definida anos antes a partir do cruzamento do gado mocho do condado escocês de Aberdeen com uma vaca do condado de Angus. O primeiro reprodutor da raça registrado no Brasil foi importado do Uruguai em 1906 e o primeiro produto nacional, batizado de “São Paulo”, foi negociado ainda no ventre em 1914.
A sua criação começou a se desenvolver no Rio Grande do Sul. Contudo, aos poucos se espalhou pelo resto do País, se tornando a principal alternativa para a cruza com raças zebuínas, pois oferece maior eficiência para a pecuária e proporciona melhor qualidade para a carne brasileira.
Os primeiros 30 anos de Aberdeen Angus no País viram somente 44 animais registrados. Na década de 1960, produtores gaúchos criaram a Associação Brasileira de Angus e houve um crescimento na raça. O rebanho passa de 150 mil animais de pura origem (PO) e 330 mil de puro por cruza (PC). Além disso, foi criada a raça Brangus, fruto do cruzamento do Red Angus com os zebuínos, com mais de 10 mil cabeças registradas.
Características e vantagens do Red Angus
O Red Angus é uma raça produtora de carne nobre, de tamanho moderado, mocha e com pelagem vermelha. Os animais têm boa massa muscular, com corpos volumosos, e linha superior reta e linha inferior o mais reta possível, sem excesso de peito e pregas de pele, com contornos suavemente arredondados sem acúmulo de gordura.
A Aberdeen Angus oferece um excelente resultado econômico como gado de corte. Entre as principais vantagens estão a rusticidade, o que permite cruzarmos com raças de diferentes condições climáticas e uma maior resistência a enfermidades.
O animal tem um alto rendimento. As fêmeas têm um período curto entre os partos, com alta fertilidade, tanto pelo número de bezerros nascidos quanto pela quantidade de quilos obtidos por hectare. Os animais Red Angus têm uma puberdade precoce e podem ser abatidos em 24 meses, criados em pastagens, e 18 meses em confinamento.
Esses animais, ainda, têm uma alta qualidade de carne, sendo facilmente negociada tanto no mercado doméstico, quanto no internacional. Seus cortes têm propensão genética de deposição de marmoreio, o que garante maciez e sabor únicos. Isso ainda é ressaltado pela idade jovem de abate e ao acabamento mínimo de 3 mm nas carcaças.
Como está o mercado para Red Angus?
A raça Angus tem uma das maiores taxas de oportunidade da pecuária nacional, com qualidade que geram oportunidades dentro e fora da porteira. Os rebanhos têm alta liquidez, com aproveitamento de animais para abate ou para reprodução, com desempenho financeiro acima da média de outros bois.
A raça também proporciona uma valorização extra quando é certificada, com bônus de até 12% para criadores que entregam carcaças de alto desempenho para os frigoríficos. O programa de certificação gera o abate de 500 mil cabeças por ano, com a produção de mais de 270 mil toneladas de carne que são vendidas no Brasil e mais 15 países.
Fonte: Associação Brasileira de Angus.
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