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Summit Agro

Quais são os riscos das ervas daninhas e como controlá-las?

Entenda os principais problemas causados pelas ervas daninhas e as formas mais eficazes de controlá-las

3 minutos de leitura 25/09/2020 - 13:43

Por: Summit Agro

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o problema pode acarretar em estragos que vão desde a queda na qualidade dos produtos até as perdas substanciais na colheita. Ainda de acordo com o órgão, estima-se que os déficits ocasionados pelas ervas daninhas possam chegar a uma média de 13% a 15% da produção de grãos.

Esse tipo de planta é persistente. Em boa parte, isso se deve a um potencial atípico para se desenvolver nos mais variados ambientes: dos lugares secos aos úmidos, das temperaturas baixas às elevadas e nos mais diversos tipos de solo. 

A expansão pelo campo tende a ser rápida e abrupta, já que elas conseguem originar sementes viáveis em abundância, sob as mais distintas formas de dispersão. Outro potencial dessas espécies é a resistência: elas são fortes e conseguem resistir bem a pragas e doenças. É exatamente pelo seu poder de sobreviver sob as mais diversas condições que as ervas daninhas se tornam grandes competidoras por luz, água e nutrientes. 

Principais espécies

Quais são as plantas consideradas ervas daninhas? Segundo a Embrapa, a maioria das 350 mil espécies conhecidas são fonte de “dor de cabeça” para o produtor rural. Elas crescem sobre as culturas e comprometem a produção, mas nem todas são um problema. O órgão afirma que 3 mil delas são cultivadas como alguns tipos de capim, sendo úteis à alimentação de animais. 

Ainda dentro desse total de dezenas de milhares de espécies identificadas, por volta de 250 mil são universalmente consideradas plantas daninhas. Em torno de 40% delas pertencem a apenas duas famílias: Poaceae (gramíneas) e Asteraceae (compostas). 

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Entre as plantas daninhas mais conhecidas estão também o capim-marmelada (Urochloa plantaginea), o capim-braquiária (Urochloa decumbens), o capim-amargoso (Digitaria insularis), as espécies apaga-fogo (Alternanthera tenella), o balãozinho (Cardiospermum halicacabum), o picão-preto (Bidens pilosa) e a erva-quente (Spermacoce latifolia). 

Como controlar plantas daninhas?

Não há apenas uma receita para controlar o avanço de ervas daninhas. Uma das estratégias é o controle preventivo, que perpassa cuidados como a limpeza rigorosa de implementos e maquinário, bem como o uso de sementes certificadas. 

Um outro caminho é o chamado controle cultural. Por meio dele, escolhem-se espécies produtivas adaptadas à região de plantio, bem como a época do ano ideal para o cultivo, e há uma atenção especial à densidade e ao espaçamento entre as plantas. A rotação de culturas também integra esse tipo de estratégia. 

Também são indicados os controles físico, químico e mecânico. No primeiro deles, faz-se a solarização do solo, com fogo e(ou) inundação. Cria-se uma cobertura de polietileno transparente e, assim, a temperatura do solo aumenta, matando o embrião da planta daninha, conhecido como plântula.

No controle químico, utilizam-se herbicidas. Porém, para usá-los, conhecer a planta invasora é fundamental para a escolha do produto mais adequado e tornar o combate eficaz. 

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O controle mecânico, por sua vez, muito comum em pequenas propriedades, é aquele em que as plantas daninhas são extraídas por meio de arranquio manual ou uso de equipamentos como as enxadas fixas ou rotativas. 

Seja qual for o método escolhido, o produtor precisa sempre se lembrar de que seus objetivos devem visar a otimização da colheita e a proteção do meio ambiente, evitando perdas de rendimento pela competição, bem como o aumento da infestação. 

Fonte: Embrapa, Boas Práticas Agronômicas e A Lavoura.

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