Summit Agro
O que significam os alertas meteorológicos de mudanças no clima?
Acompanhar as previsões de temperatura é essencial para investir no cultivo de determinadas espécies no momento mais propício
3 minutos de leitura 29/09/2022 - 11:04
Summit Agro
A ocorrência de eventos climáticos mais intensos é mais frequente em determinados períodos do ano, seja em virtude do deslocamento das massas de ar polar, que transportam grandes quantidades de chuva, seja no verão, em que os temporais são mais recorrentes em certas áreas do País.
Saber o que significam os alertas meteorológicos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), portanto, é essencial para compreender o real significado e realizar um acompanhamento contínuo, viabilizando o cultivo de determinadas espécies nos momentos mais favoráveis.
Os alertas do Inmet têm três cores: amarelo, laranja e vermelho. Estas determinam qual é o nível de severidade dos eventos e de seus possíveis desdobramentos. Confira quais são eles.
1. Alerta amarelo — risco moderado
Com a possibilidade de ocorrer chuvas de volume entre 20 mm e 30 mm por hora ou até 50 mm por dia, esse nível é um alerta da possibilidade do evento meteorológico se tornar perigoso, com ventos que podem variar entre 40 km/h e 60 km/h.
Além do risco moderado de temporais e alagamentos, pode haver queda de galhos de árvores e de energia, presença de raios e granizo, sendo necessário permanecer atento para a evolução do quadro.
2. Alerta laranja — risco alto
O alerta laranja indica uma condição em que há riscos maiores de outros desdobramentos, com precipitações intensas de 30 mm a 60 mm por hora ou variações entre 50 mm e 100 mm por dia.
Além disso, os impactos causados por vendavais podem ser maiores, com ventos entre 60 km/h e 100 km/h. O risco de corte de energia elétrica e alagamentos são mais significativos, dificultando o acesso a determinadas localidades. Nesse cenário, é importante estar pronto para agir caso seja necessário.
3. Alerta vermelho — risco muito alto
Eventos climáticos mais intensos podem ocasionar chuvas torrenciais que têm volume pluviométrico acima da média para determinado período. O volume das águas, superior a 60 mm por hora ou acima de 100 mm por dia, na prática, significa que os riscos envolvidos vão além de uma possível mudança de temperatura mais intensa.
Além da perda de lavouras, há chances de ocorrer o transbordamento de rios e desmoronamentos em locais de risco. Nesse caso, é necessário buscar abrigo em local seguro.
Transição de estações e La Niña
A ocorrência de certos fenômenos, como o El Niño e o La Niña, é responsável por provocar impactos no regime de chuvas e na temperatura média do mar. Mas é importante lembrar que outros fatores também interferem no tempo e no clima, inclusive a presença de frentes frias em curtos períodos podem causar danos às plantações. As temperaturas abaixo de 2°C, por exemplo, prejudicam o cultivo de determinadas espécies — como o milho e o feijão.
Neste ano, o La Niña deve permanecer atuando até o início do verão, provocando precipitações nas Regiões Norte e Nordeste. Já na Região Sul do Brasil, a tendência é de continuar recebendo chuvas acima da média em setembro.
O declínio da temperatura também pode se fazer presente em regiões serranas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com possível formação de geadas em alguns momentos ao longo de setembro.
Os períodos marcados pela permanência de pluviosidade permitem a manutenção da umidade do solo e favorecem a cultura de algodão, milho e soja. Já a ausência de chuvas e o excesso de calor provocados pelo fenômeno também representam perigo para a agricultura, porém a expectativa é que esses efeitos sejam atenuados já durante a primavera, tornando o clima mais favorável.
Nesse sentido, também é necessário considerar que tanto a instabilidade que caracteriza alguns períodos quanto a rápida formação de certos eventos podem dificultar a elaboração de previsões mais precisas com maior antecedência, tornando importante monitorar constantemente os serviços de alerta disponíveis. É possível acompanhar os modelos disponibilizados periodicamente no site do Inmet.
Fonte: Inmet, Defesa Civil
Newsletter
Acorde
bem informado
com as
notícias do campo
Mais lidas de Summit Agro
1
Tubérculos: o que são e quais os benefícios para a saúde?
2
Erva-de-santa-maria: para que serve e como utilizar?
3
Qual é a diferença entre rancho, sítio, fazenda e chácara?
4
Banana: quantos tipos existem e quais são os principais
5
Hectare ou alqueire: o que é cada um e quais suas diferenças?
6
Agronegócio: veja os 10 principais Estados produtores do Brasil (2024)
PUBLICIDADE
Notícias Relacionadas
Summit Agro
Mexerica, tangerina, poncã, bergamota: entenda as diferenças
Entenda as variedades da fruta e por que os nomes geram tanta confusão
Summit Agro
O impacto da tecnologia na cadeia produtiva do agronegócio
AgTechs devem mudar a forma como a produção agrícola brasileira é operacionalizada e comercializada
Summit Agro
Desafios da automação na produção de alimentos
A automação no agronegócio será fundamental para produzir mais e abastecer o mundo de maneira sustentável
Summit Agro
Tecnologia na agricultura pode auxiliar na sustentabilidade
Aumentar a produção de alimentos sem causar danos ambientais é um desafio que o campo precisa superar, a resposta pode estar no uso inteligente da tecnologia
Peste suína: o que é e qual é o seu impacto na economia?
Conheça a doença altamente contagiosa, mortal e que ameaça o comércio de carne suína em países asiáticos
Saneamento rural: modelos de gestão e principais desafios
O saneamento rural é obrigação do poder público, mas a iniciativa privada, o terceiro setor e as próprias comunidades também podem contribuir
Interessado na produção de leite? Veja mitos e verdades sobre a atividade
O processo produtivo de leite é cheio de detalhes que podem favorecer o produtor
A importância do Manejo Integrado de Pragas para a agricultura
Técnica tem como objetivo a redução máxima de pesticidas e agrotóxicos