Summit Agro
O que são alimentos plant based e como está o mercado?
Mercado brasileiro de alimentos plant based teve crescimento anual de 11,1% nos últimos cinco anos, de acordo com a agência Euromonitor
2 minutos de leitura 30/07/2021 - 15:00
Os alimentos plant based, à base de plantas, começam a ganhar relevância no mercado brasileiro. Desenvolvidos a partir de matérias-primas vegetais, esses alimentos pretendem atender à demanda de consumidores que buscam uma dieta vegetariana ou vegana, bem como das pessoas que procuram reduzir a ingestão de produtos animais.
Os alimentos plant based utilizam alta tecnologia e processamento industrial para aproximar os vegetais do sabor e da textura do alimento à base animal. Ainda não há uma regulamentação oficial, estabelecendo modos de produção e uma nomenclatura de consenso. “Carne vegetal” e “carne feita de plantas” são alguns dos termos utilizados para nomear esses alimentos.
Apesar de parecer uma novidade, alguns alimentos plant based estão presentes nos supermercados brasileiros já há alguns anos. Um bom exemplo é o leite vegetal, produzido a partir de soja, castanha, amêndoa, coco, entre outras. Mas agora esses produtos começam a sair de nichos de mercado para alcançar um número maior de consumidores.
Mercado de plant based
O mercado de plant based no Brasil registrou um crescimento anual de 11,1% nos últimos cinco anos, segundo dados da agência Euromonitor. O faturamento do setor, que era de US$ 48,8 milhões em 2015, passou para US$ 82,8 milhões em 2020 – uma alta de quase 70% no período. Para 2025, a estimativa é que o segmento venda US$ 131,8 milhões no País.
O estudo O consumidor brasileiro e o mercado plant-based, realizado pelo Ibope e coordenado pelo The Good Food Institute (GFI), mostra as tendências do setor:
- metade dos brasileiros reduziu o consumo de carne em 2020;
- quase metade das substituições (47%) ainda é feita exclusivamente por legumes, verduras e grãos;
- 39% dos respondentes já consomem alternativas vegetais em substituição às animais pelo menos três vezes por semana.
Essa mudança de hábitos tem feito multinacionais repensarem as suas estratégias de negócios. O grupo Nestlé, por exemplo, pretende lançar produtos em substituição a carnes, leite e ovos. Para tanto, investiu R$ 400 milhões em pesquisas e lançamentos de opções mais saudáveis nos últimos cinco anos. A empresa viu a venda de alimentos plant based crescer 60% entre 2019 e 2020 e espera triplicar o faturamento em 2021.
A Unilever adotou uma meta mais ambiciosa. A multinacional pretende aumentar em 1 bilhão de euros, ou cerca de R$ 6 bilhões, as vendas de carne à base de plantas e alternativas aos laticínios em um prazo de cinco a sete anos
Lançamento de produtos
Outras grandes empresas lançaram linhas alternativas que contemplam o setor. A BRF apresentou a extensão Plant Based para sua linha Speciale de hambúrgueres e também uma linha inteira, a Sadia Veg & Tal, oferecendo tortas, nuggets e hambúrgueres 100% vegetais.
A JBS lançou a “Incrível Seara”, no final de 2020, uma linha de alimentos 100% vegetais, produzida a partir de proteína de ervilha e soja enriquecida com ferro e vitamina B12, sem gordura trans, lactose ou derivados de ovos e leite.
A Marfrig Global Foods lançou a Revolution Burguer, uma marca própria de hambúrguer vegetal. Os produtos plant based da companhia podem ser encontrados nas lanchonetes da Burger King e na rede de restaurantes Outback Steakhouse.
Fonte: Projeto Colabora, Qualimentos Jr, Vida Veg, The Good Food Institute, Brasil Food Trends, Portal DBO.
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