Mormo: o que é e por que a doença é perigosa para animais | Agro Estadão
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Mormo: o que é e por que a doença é perigosa para animais

Casos de mormo voltaram a ser registrados na Região Norte, gerando preocupação, já que a doença causa alta taxa de mortalidade em equídeos

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25/09/2019 - 13:14

No início de agosto, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) do Tocantins informou que um cavalo testou positivo para mormo em Santa Fé do Araguaia, norte do estado — esse é o sexto caso da doença na região em 2020. 

Para evitar que a doença se alastre, o animal passou por eutanásia e as autoridades interditaram a propriedade, que só será liberada após dois exames negativos em todos os equinos e processos de desinfecção. 

As medidas profiláticas são obrigatórias em todos os casos da doença, assim como a notificação de qualquer caso às autoridades sanitárias, tanto para controlar possíveis surtos nos rebanhos quanto para evitar que a doença passe para os humanos. 

O que é mormo, quais são os sintomas e como prevenir?

A doença é causada por uma bactéria (Burkholderia mallei) e atinge os equídeos, de maneira geral (cavalos, asnos, burros, etc.). A contaminação ocorre pelo contato com secreções, pus, fezes ou urina de animais infectados, de modo que a bactéria consiga invadir a corrente sanguínea do animal e se espalhar pelo seu organismo. 

Os principais sintomas da doença nos animais são nódulos subcutâneos nas mucosas nasais, pulmões e gânglios linfáticos, além de catarro e pneumonia. 

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Os casos mais graves costumam ocorrer em asininos e em cavalos, podendo até ser assintomático. Assim, de maneira geral, a taxa de mortalidade da doença é alta e gera graves consequências para os rebanhos — justificando a preocupação das autoridades com qualquer ocorrência. 

A partir da presença de um animal infectado na propriedade, o mormo é comumente transmitido pela água, ambiente onde a bactéria pode sobreviver por bastante tempo — mas também pode se alastrar através de utensílios e alimentos contaminados. Dessa forma, uma das principais medidas para evitar que a doença se espalhe é a desinfecção completa e rigorosa da propriedade.

A infecção em humanos é menos comum, mas também pode ocorrer e levar à morte, caso não seja devidamente tratada. As manifestações do mormo em humanos envolvem febre, dores no peito e na cabeça, além de dor e rigidez muscular. Por isso, todas as pessoas que tiveram contato com os cavalos infectados, nos casos do Tocantins, fizeram exames para detectar a presença da bactéria Burkholderia mallei no organismo.

Tendo em vista a gravidade do mormo e as consequências econômicas da perda de animais, as autoridades brasileiras criaram um conjunto de regras para o controle e erradicação da doença — a Instrução Normativa Nº 24, de 5 de abril de 2004, do Ministério da Agricultura. 

O regimento foi revisto e reforçado em 2018, após novos casos. Entre outras medidas, ele prevê a realização de exames periódicos em animais, restrição de trânsito de equídeos entre propriedades, a notificação compulsória de qualquer caso e as medidas profiláticas para evitar o alastramento da doença. 

Fonte: Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas, Sanar Saúde e Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo.

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