Summit Agro
Fazenda vertical: a tecnologia no dia a dia do agronegócio
Painéis com luzes de LED e sistemas de automatização são algumas das novas tecnologias que chegam ao mercado da agricultura urbana
3 minutos de leitura 30/05/2020 - 10:26
Por: Summit Agro
O conceito de fazenda vertical chega ao agronegócio durante o século 21 com a promessa de transformar os espaços de plantação de hortaliças e aproveitar as áreas urbanas para a produção alimentícia. O cultivo verticalizado é uma tendência que cresce no mercado da agricultura a cada ano — no Japão já são mais de 200 fazendas desse tipo.
Segundo o relatório Vertical Farming: 2020-2030, da empresa de inteligência de mercado britânica IDTechEx, esse tipo de fazenda deve ser responsável por movimentar até US$ 1,5 bilhão em 2020. A técnica se baseia nos conceitos de agricultura de interior e tecnologia de agricultura com controle ambiental (CEA, em inglês) para focar em um desenvolvimento sustentável para o agronegócio.
Toda a etapa de produção nas fazendas verticais conta com diversas tecnologias inovadoras que auxiliam na plantação sem uso de agrotóxicos, menor desperdício de água e melhor aproveitamento de terreno. Por exemplo, a utilização de luzes de LED que simulam a luz solar e o reaproveitamento de resíduos são duas das práticas que tornam esses ambientes exemplos de modernidade para a agricultura mundial.
Luzes de LED
Um dos recursos que faz com que a agricultura vertical possa ser implantada em basicamente qualquer espaço útil de trabalho é justamento o uso da iluminação em LED. Ele aparece como uma opção para que os agricultores mantenham controle sobre as condições de temperatura desejadas em suas plantações, simulando a iluminação natural.
A habilidade de determinar a incidência luminosa recebida pelas hortaliças concede aos produtores a garantia de uma plantação mais saudável, com crescimento mais eficaz e um menor desperdício de água durante o processo de irrigação.
Por não consumirem muita energia elétrica, as lâmpadas de LED também despertam outro atrativo no agronegócio: a lucratividade. Além de participar de um procedimento essencial no desenvolvimento das plantas, a iluminação artificial consome menos recursos financeiros do agricultor e, consequentemente, aumenta o lucro obtido com o resultado final das safras.
Essa é uma das tecnologias mais difundidas no cotidiano das fazendas verticais. A Pink Farms, maior desenvolvedora da agricultura vertical na América Latina, adota o uso da ferramenta em sua estrutura de 750 m² desde sua inauguração em 2016. Com sede em São Paulo, a fazenda fornece para a capital paulista uma variedade de produtos, como alface, rúcula, acelga, espinafre etc.
Reaproveitamento de resíduos
Pesquisas feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que a população mundial deve crescer para 10 bilhões de habitantes até 2050. Os novos números fariam com que a produção agrícola expandisse 1 bilhão de hectares para dar conta do abastecimento alimentício das cidades.
Além de surgir como uma saída para os problemas de espaço no agronegócio, o conceito de fazenda vertical trabalha em parceria com o desenvolvimento sustentável da agricultura e aproxima os centros urbanos do agricultor. Um dos exemplos disso é o que tem sido feito no edifício Pátio Victor Malzoni, em São Paulo.
Considerada a primeira horta orgânica construída em subsolo no Brasil, o espaço utiliza resíduos orgânicos gerados pelos estabelecimentos pertencentes ao edifício comercial para desenvolver adubo para a plantação.
Para ser construída, a área da horta recebeu um investimento de R$ 4 mil. Atualmente, o espaço também é utilizado para a realização de oficinas e um jantar mensal que convida as pessoas a entender mais sobre o sistema de gestão de resíduos.
A implantação de um sistema de coleta de resíduos e o reaproveitamento desse material orgânico são tendências na agricultura urbana. Transplantando esse conceito para outras hortas urbanas e fazendas verticais, o agronegócio poderia dar um passo para se tornar mais sustentável nas próximas décadas, usando menos fertilizantes artificiais.
Fonte: Summit Agro.
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