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Estiagem: como diminuir os efeitos na agricultura e na pecuária

Estiagem no início de 2022 provocou prejuízos de mais de R$ 45 bilhões no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul

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11/02/2022 - 13:29

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A estiagem do início de 2022, que tem a influência do La Niña, já provocou R$ 45,3 bilhões em prejuízo para a agricultura e pecuária no Sul do País e no estado de Mato Grosso do Sul, segundo estimativas de cooperativas do agronegócio. O impacto maior do déficit hídrico foi sentido nas lavouras de soja e milho, os principais grãos exportados pelo Brasil.

O fenômeno é caracterizado por um período de chuvas abaixo da média, muitas vezes acompanhado por ondas de calor, o que agrava as condições secas. A estiagem leva a reduções nos níveis de água e reservas de umidade do solo, podendo provocar quebra de safra e perda de peso do rebanho.

Ações para reduzir o impacto da estiagem

Curvas de nível ajudam a conservar a água e o solo em terrenos irregulares. (Fonte: Khoado11/Pixabay/Reprodução)

A identificação dos pontos de captação e armazenamento de água na propriedade é fundamental para o enfrentamento de um período de estiagem. Assim como a  preservação da vegetação perto de nascente e córregos, o sistema de plantio direto, o cultivo em contorno, em faixas e com terraceamento ajudam a conversar o recurso hídrico no solo.

A captação de água da chuva, com reservatórios e cisternas, é uma forma barata e eficiente de garantir o abastecimento para a produção agrícola e pecuária. O bom uso do recurso hídrico é essencial, evitando desperdícios no manejo com animais e na irrigação. É importante ainda tratar e reaproveitar os resíduos líquidos para evitar contaminação de lençóis freáticos. Além disso, outras ações ajudam a reduzir a restrição hídrica e os efeitos negativos provocados pela estiagem na agricultura e na pecuária.

Gado leiteiro e estiagem

Fornecimento de água deve ser garantido para animais, mas desperdício deve ser evitado. (Fonte: Didgeman/Pixabay/Reprodução)

O aumento da disponibilidade de água para as vacas em lactação não é o único cuidado que o pecuarista deve ter por conta da estiagem. O conforto térmico tem uma influência na produção de leite e, por isso, a oferta de sombra ajuda a reduzir a transpiração. A ordenha, por exemplo, tem de ser realizada com a temperatura amena, nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde.

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Os produtores ainda precisam se preocupar com a nutrição do gado, a partir de um planejamento alimentar com pastagens resistentes ao estresse hídrico e aumento da densidade energética da dieta. Caso não haja disponibilidade de ração para todo o rebanho, é recomendável o descarte de animais com baixa produtividade.

Cuidado no manejo de aves e suínos com estiagem

Aves e suínos são sensíveis ao calor extremo. (Fonte: Capri23auto/Pixabay/Reprodução)

O excesso de calor pode causar diminuição na ingestão de alimentos de aves e suínos, provocando perda de peso e até morte dos animais. O plantel deve contar com a oferta de água em quantidade e qualidade adequada.

Os avicultores e suinocultores precisam se preocupar com o funcionamento de equipamentos de ventilação e resfriamento do ambiente, com manutenção adequada e garantir energia elétrica.

Piscicultura e estiagem

Piscicultura também é afetada pela estiagem. (Fonte: WFranz/Pixabay/Reprodução)

A estiagem pode prejudicar a qualidade da água nos viveiros de piscicultura, causando redução no crescimento, problemas de saúde e até a mortalidade dos peixes. Dessa forma, os produtores devem prestar uma atenção especial ao oxigênio baixo e à transparência abaixo de 25 cm, corrigindo-a com adubos, fertilizantes ou ração se necessário.

O piscicultor deve restringir a renovação da água e drenagens. Em caso de povoamento, a densidade populacional deve ser observada, e o uso de aeradores é recomendável. Quando os peixes atingirem o padrão do comércio, devem ser despescados e a água pode ser reaproveitada após desinfecção.

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Produção agrícola e estiagem

Culturas irrigadas, como arroz, também sofrem com falta de chuvas. (Fonte: Pexels/Pixabay/Reprodução)

O agricultor também deve implantar medidas físicas para a conservação da água, como terraços e curvas de nível. A rotação de culturas colabora para a proteção do solo, pois aumenta o tempo de cobertura vegetal. Além disso, as áreas de plantio devem ter o mínimo de revolvimento e podem ser cobertas com massa seca para ajudar a manter a umidade.

As espécies tolerantes ao estresse hídrico devem ser preferidas pelos produtores. As plantas devem ser irrigadas adequadamente para garantir seu desenvolvimento. Cada cultura, fase de desenvolvimento e tamanho de área têm um modelo mais indicado para a irrigação. Dessa forma, o acompanhamento de um técnico é aconselhável.

Fonte: Epagri.

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