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Crise hídrica: entenda como a falta de água afeta o agronegócio

Emergência hídrica alerta para o risco de desabastecimento; agronegócio sofre com energia mais cara, atrasos na pecuária e no desenvolvimento de culturas

2 minutos de leitura 23/07/2021 - 09:31

Por: Summit Agro

Atualmente, 70% da matriz energética brasileira provém de usinas hidrelétricas, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O baixo nível dos reservatórios e o pouco volume de chuvas dos últimos meses levaram o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) a publicar um alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. O agronegócio já sente os impactos dessa escassez de água.

Dados do ONS afirmam que o armazenamento de energia em hidrelétricas atingiu o nível mais baixo desde 2015 em abril deste ano. O risco de desabastecimento, no entanto, foi descartado pelo órgão, após o governo brasileiro e o setor elétrico afirmarem que irão tomar medidas para garantir o abastecimento apesar da crise hídrica. Entre as medidas paliativas, está o uso de usinas termelétricas – que têm custo elevado de produção de energia, aumentando a conta do consumidor final.

Além do aumento da inflação, puxada pela alta internacional no preço das commodities, o agronegócio precisa lidar com os efeitos da estiagem, que incluem o aumento no custo da energia e também a diminuição da capacidade de produção e geração de valor, como alertou o relatório Radar Agro do Itaú BBA sobre a crise hídrica, liberado em 3 de junho.

Segundo a Diretoria de Agronegócio da instituição, há setores que já apresentam prejuízos decorrentes do quadro: atrasos no desenvolvimento de culturas perenes das principais commodities exportadas pelo País e pastagens deterioradas, atrapalhando o desenvolvimento dos rebanhos. No caso dos confinamentos, o relatório afirma que parte dos animais que poderia entrar na engorda intensiva pode precisar ser mantida no pasto, alongando a chegada desses animais ao ponto de abate.

O Itaú BBA alerta que o café, bastante prejudicado pela seca desde o início do ciclo da safra 2021/22, deve sofrer uma redução na produção de arábica de mais de 30% frente ao ano anterior. Já a laranja, que vem de uma queda de 30%, apresenta perspectiva de uma recuperação pequena na produção, em torno de 9,5%, segundo a primeira estimativa do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). 

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O relatório ressalta que a cana-de-açúcar, que aguardava as chuvas de verão de 2021 para sua recuperação, teve atraso na colheita devido ao baixo índice de chuvas, o que reduziu a expectativa de produção. O impacto deve ser sentido com baixa na oferta de etanol, com os preços de hidratado na bomba seguindo a paridade próxima dos 70% da gasolina C durante toda a safra.

Futuro menos dependente de água

Com a consolidação da nova matriz energética brasileira — que já diminuiu em torno de 20% o uso de hidrelétricas desde 2001, segundo dados do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) da Empresa de Pesquisa Energética —, novas energias, como as renováveis, devem aumentar a participação na geração de energia elétrica, diminuindo a dependência nacional da hidráulica. 

Fonte: Radar Agro — Itaú BBA, Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE).

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