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Summit Agro

Como proteger as plantações da chuva ácida?

Chuva ácida pode causar desequilíbrios ecológicos e efeitos negativos para a agricultura

3 minutos de leitura 02/03/2022 - 13:35

Por: Summit agro

O termo “chuva ácida” surgiu durante o século 19, quando se começou a perceber que a composição química das precipitações era influenciada pelo volume e frequência pluviométricos, queima do carvão, decomposição de matéria orgânica, direção dos ventos e proximidade do mar.

Mas somente no início do século XX um aumento significativo na acidez das chuvas foi observado em várias regiões do mundo. O fenômeno foi associado à presença de ácidos na água provenientes da decomposição de substâncias utilizadas em processos industriais e geradas pela queima de combustíveis.

Apesar de ocorrerem no Brasil, especialmente próximo a usinas termoelétricas e cidades com um alto número de automóveis, não existe um monitoramento nacional para chuva ácida. Por isso, agricultores têm que redobrar a atenção para prevenir eventuais prejuízos no campo após a ocorrência do fenômeno.

O que é chuva ácida?

A chuva ácida descreve qualquer forma de precipitação que contém altos níveis de ácidos nítrico e sulfúrico. Também pode ocorrer na forma de neve, neblina e pequenos pedaços de material seco que se depositam na terra. A chuva normal é levemente ácida, com pH de 5,6, enquanto a chuva ácida geralmente tem pH mais baixo, entre 4,2 e 4,4.

O fenômeno pode “viajar” grandes distâncias na atmosfera: não apenas entre países, mas também de continente para continente. A precipitação às vezes acontece a muitos quilômetros da fonte de poluição, mas onde quer que ela caia, pode ter um efeito sério no solo, nos vegetais, nos edifícios e na água.

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O que causa a acidez na chuva?

A chuva ácida pode ser causada pela liberação de produtos químicos a partir de processos de apodrecimento de vegetação e erupção em vulcões. No entanto, a maioria das chuvas ácidas é um produto das atividades humanas. As maiores fontes de substâncias que produzem o fenômeno são usinas de energia a carvão, fábricas e automóveis.

Quando os seres humanos queimam combustíveis fósseis, dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio são liberados na atmosfera. Esses poluentes do ar reagem com água, oxigênio e outras substâncias para formar ácido sulfúrico e nítrico no ar. Quando chove, a acidez flui pela superfície, entra nos sistemas de água e penetra no solo.

Efeitos sobre as lavouras

A chuva ácida altera o pH do solo, afetando as plantações de maneiras diferentes. Plantas jovens sem raízes ou com raízes pequenas são mais propensas a serem afetadas. Isso porque o excesso de ácido dissolve o substrato no solo, levando à erosão e removendo minerais e nutrientes essenciais para o crescimento das plantas.

As lavouras em regiões montanhosas são mais afetadas por maiores quantidades de nuvens ácidas e neblina. A acidez infiltra o alumínio no solo, o que dificulta a coleta de água pelas plantas, e ainda dissolve nutrientes como magnésio e cálcio, que dão às plantas a imunidade para combater infecções e insetos.

Gotas de chuvas ácidas sugam as substâncias nutritivas das folhas das plantas, dificultando a absorção de luz solar em quantidade suficiente para realizar o processo de fotossíntese. As folhas também se tornam mais fracas para combater as temperaturas de congelamento. Na pior das hipóteses, a água ácida pode matar as plantas.

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Como proteger a plantação?

A melhor maneira de proteger as plantações da chuva ácida é evitar que a precipitação caia sobre elas. Especialistas recomendam plantar espécimes mais jovens sob árvores grandes para protegê-las de danos. Uma alternativa é cobrir a lavoura com plástico grosso envolto em estacas ao redor das plantas.

O agricultor também deve ter cuidado com o solo. Se a propriedade está localizada em uma área onde a chuva ácida é comum, o teste do solo a cada 6 a 12 meses é fundamental para identificar problemas e efetuar a correção com fertilizantes contendo minerais, nutrientes ou calcário quando necessário.

Fonte: Escola Kids, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade de São Paulo (USP), Brasil Escola, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), Ecycle.

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