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Como identificar e combater a antracnose?

A antracnose causa morte de tecidos vegetais que podem se espalhar e provocar perda total de lavouras de soja, milho, café, feijão e frutas

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Summit agro

23/08/2023 - 15:31

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A antracnose é uma preocupação na agricultura, pois a praga atinge cultivos importantes, como soja, milho, café, feijão, e frutas, como a manga. A doença fúngica causa necrose das células vegetais, provocando manchas escuras, que podem se expandir e se fundir, causando um maior dano aos tecidos vegetais, deixando a planta vulnerável a patógenos secundários.

A antracnose é uma das doenças mais disseminadas e destrutivas em diversas culturas agrícolas ao redor do mundo, podendo causar perdas significativas na produção e na qualidade dos produtos.

O fungo chega à plantação por meio de sementes infectadas, resíduos de culturas anteriores, mudas contaminadas ou pelo vento e água da chuva que dispersam seus esporos, que vivem por um longo tempo no solo, sementes ou restos de plantas, podendo infectar as plantas quando as condições se tornam favoráveis.

Esses esporos podem ser levados a longas distâncias pelo vento e pela água, facilitando a disseminação da doença entre diferentes áreas de cultivo. A sobrevivência do fungo em restos culturais e no solo por longos períodos torna o manejo da antracnose um desafio contínuo.

A praga leva à queda prematura de folhas, murcha das plantas, deformações nos frutos, apodrecimento e redução da qualidade dos produtos agrícolas. Em casos severos, quando não é controlada, pode ocorrer uma perda total da plantação, pois a doença causa um alto nível de infecção em um curto tempo, especialmente sob condições climáticas favoráveis.

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Os danos causados pela antracnose não se limitam apenas à redução da produtividade, mas também afetam a aparência e a qualidade pós-colheita dos frutos, tornando-os inviáveis para comercialização.

O que causa antracnose?

Os fungos do gênero Colletotrichum podem infectar as plantas em diferentes estágios de desenvolvimento, causando a antracnose. Existem diversas espécies de Colletotrichum, e muitas delas são específicas para determinadas culturas, embora algumas possam infectar uma ampla gama de hospedeiros.

Eles se desenvolvem em condições favoráveis de umidade e calor, sendo transmitidos por esporos que são disseminados por meio do vento, da água da chuva, de insetos ou mesmo por contato direto entre plantas. Condições de alta umidade, temperaturas elevadas e molhamento foliar prolongado são ideais para a germinação dos esporos e a infecção das plantas.

Uma vez que os esporos do fungo entram em contato com a planta e encontram condições adequadas, eles germinam e penetram nos tecidos vegetais, iniciando a infecção. A penetração pode ocorrer diretamente através da cutícula e epiderme da planta, ou através de aberturas naturais como estômatos e ferimentos.

Após a penetração, o fungo se desenvolve e se espalha dentro dos tecidos, causando danos celulares e resultando em lesões necróticas que evoluem e podem levar à morte de partes da planta ou até mesmo da planta inteira em casos severos.

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Quais são os sintomas da antracnose?

Os sintomas da antracnose podem variar dependendo da planta hospedeira, da fase de infecção e do estágio de desenvolvimento da doença. Entretanto, a praga causa danos comuns nos tecidos vegetais, sendo identificada principalmente por manchas ou lesões em diversas partes das plantas, tais como:

  • folhas  manchas circulares ou irregulares, com bordas definidas e centros mais claros, que aumentam conforme a doença progride;
  • caules — lesões necróticas ou úlceras, como manchas escuras ou áreas enrugadas, podem se estender por toda a extensão do caule, levando a uma murcha ou colapso da planta;
  • frutos — as lesões começam pequenas e escuras, mas podem produzir estruturas fúngicas visíveis, como pontos pretos ou estruturas em forma de taça, na superfície dos frutos;
  • tecidos vasculares — quando a doença afeta os vasos condutores de água e nutrientes das plantas, interferindo em seu suprimento adequado e causando a murcha da planta.

Como acabar com a antracnose?

O controle efetivo da antracnose envolve a adoção de medidas integradas de manejo fitossanitário para suprimir a disseminação do fungo Colletotrichum, reduzir a incidência da doença e minimizar os danos às culturas.

As práticas de controle devem ser adaptadas às características específicas do cultivo, às condições ambientais e à espécie de Colletotrichum envolvida, e podem envolver as seguintes estratégias:

  • uso de sementes certificadas e de alta qualidade, provenientes de fornecedores confiáveis, livres de patógenos. O tratamento de sementes com fungicidas pode ser uma medida adicional para eliminar ou reduzir a carga de inóculo presente nas sementes;
  • rotação de culturas para reduzir a concentração de esporos do fungo no solo e em restos culturais, interrompendo o ciclo de infecção. A rotação com culturas não hospedeiras por um período adequado pode reduzir significativamente a população do fungo no solo;
  • manejo da irrigação para minimizar o molhamento foliar e reduzir as condições favoráveis ao desenvolvimento do fungo. Métodos de irrigação por gotejamento ou subterrânea são preferíveis à irrigação por aspersão, especialmente no final do dia, pois evitam que as folhas permaneçam úmidas durante a noite;
  • podas de limpeza para remover partes da planta afetadas pela antracnose (ramos, folhas, frutos doentes), que devem ser retiradas da área de cultivo e destruídas (queimadas ou enterradas profundamente) para reduzir as fontes de inóculo. Podas de arejamento para melhorar a ventilação e a penetração de luz solar na copa das plantas também ajudam a reduzir a umidade e criar um ambiente menos favorável ao fungo;
  • controle químico com fungicidas é frequentemente necessário, especialmente em casos de infestações severas ou quando a cultura apresenta um alto risco de infecção devido às condições climáticas. A escolha do fungicida, a dose, o momento e o intervalo das aplicações devem ser baseados em recomendações técnicas e no monitoramento da doença, visando o controle eficaz e a prevenção do desenvolvimento de resistência do fungo aos fungicidas. A aplicação de fungicidas protetores antes do período de infecção e o uso de fungicidas sistêmicos ou mesostêmicos podem ser estratégias eficazes.

Além dessas medidas, outras práticas de manejo podem contribuir para o controle da antracnose, como o manejo adequado da nutrição das plantas (evitando deficiências ou excessos que possam torná-las mais suscetíveis), o controle de plantas daninhas (que podem servir como hospedeiras alternativas para o fungo) e a utilização de variedades ou cultivares resistentes ou tolerantes à doença, quando disponíveis.

O manejo integrado, combinando diferentes estratégias de forma planejada, é a abordagem mais eficaz para o controle sustentável da antracnose.

Fonte: Agropos, Basf, Jacto, Belagro

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