Como começar a trabalhar como apicultor?

A apicultura requer um baixo investimento e oferece um alto retorno, sendo uma alternativa de renda importante nas pequenas propriedades rurais. A criação de abelhas não exige dedicação exclusiva, o que permite a diversificação de produção de pequenos agricultores.

A atividade possibilita uma variedade de empreendimentos, incluindo a produção de mel, cera, própolis, geleia real e outros produtos apícolas comestíveis e usados na Medicina, além de serviços de polinização de culturas e venda de abelhas a outros apicultores.

Como fazer para criar abelhas?

A criação de abelhas é uma atividade de fácil manejo, mas é necessário conhecimento técnico básico para aumentar a sua produtividade. As universidades, cooperativas, associações e órgãos oficiais oferecem cursos com diferentes durações e profundidades, sendo alguns gratuitos e online. Veja o que é necessário para começar a criar abelhas.

1. Povoamento

Um apiário não existe sem abelhas. Os enxames podem ser atraídos com iscas de chá de erva-cidreira e capturar as colmeias na natureza também é uma opção. O jeito mais prático, no entanto, é adquirir uma colônia já formada de outro apicultor, o que garante a procedência dos animais.

2. Colmeias

As colmeias devem ser instaladas em um local com, pelo menos, 1,5 mil m2 de área verde, com baixa ocorrência de ventos, incidência solar, fonte de água próxima e árvores frutíferas ou com flores. É necessário estar longe da criação de outros animais, da presença humana e da aplicação de inseticidas, herbicidas e fungicidas.

3. Equipamentos

O apicultor precisa estar equipado com fumegador e vestuário completo de proteção. Também são necessárias estruturas para o acondicionamento das colmeias, geralmente feitas de madeira, e itens como melgueiras, desoperculador, centrífuga, peneiras, baldes, decantadores, entre outros, para a coleta e o processamento do mel e dos produtos gerados pelas abelhas.

4. Nutrição das abelhas

As abelhas se alimentam naturalmente de água, mel, néctar e pólen das flores e, em época de abastecimento de floradas, é preciso suplementar a nutrição. O xarope de açúcar, feito com adoçante granulado sem aditivos e com água, é o mais utilizado pelos apicultores. O bife proteico, uma mistura de açúcar, proteína de soja, levedura, óleo de girassol, extrato de própolis e mel, também pode ser usado.

5. Colheita do mel

A coleta deve observar alguns procedimentos para garantir a qualidade final do mel. O procedimento deve ser realizado em dias ensolarados e sem umidade, com vestimentas próprias e limpas, antes da colheita, deve ser aplicado um fumigante adequado. Os quadros coletados devem ter, no mínimo, 90% de seus alvéolos com uma fina camada protetora de cera, que indica a maturidade do mel.

6. Comercialização

A associação com outros pequenos produtores garante melhores condições de negociação dos produtos. Para aumentar a possibilidade de mercado, o apicultor deve registrar a sua atividade com a abertura de empresa, alvará de funcionamento e os registros sanitários. O apicultor pode ser classificado como Microempreendedor Individual (MEI), o que desburocratiza parte da documentação e ainda garante os benefícios previdenciários.

Fonte: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Associação Brasileira de Exportadores de Mel (Abemel), Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)