Summit Agro
Blockchain na agricultura: como utilizar?
Entenda a tecnologia que promete revolucionar a agricultura moderna
4 minutos de leitura 03/12/2019 - 13:49
Por: Summit Agro
Durante o século XXI, diversos setores da sociedade se aprimoraram com o uso de novas tecnologias. As áreas de saúde, economia, logística e tantas outras se atualizaram no mercado e absorveram estratégias da modernidade para se atualizar.
Em meio a novas soluções, o agronegócio também pode ser beneficiado por essa parceria com o mundo tecnológico. Na luta contra fraudes online e criminosos digitais, o blockchain é um sistema criptográfico que promete mudar os métodos de produção na agronomia.
Além de ter uma implementação barata, é uma forma de dividir as informações de um negócio em diversos “blocos”. O blockchain nada mais é que um enorme banco de dados digital descentralizado, o que permite que cada uma de suas informações seja checada por um agente verificador, conferindo maior segurança a transações financeiras. Esse é um modelo que também permite que os fazendeiros acompanhem todos os processos do negócio, da produção do alimento até sua comercialização.
Impacto econômico no agronegócio
Ter uma logística adequada no cotidiano empresarial é capaz de reduzir os custos mensais. Na agronomia, quando consideramos que os objetos de referência são diversos produtos perecíveis, a margem de erro se torna menor ainda. Então como o blockchain pode auxiliar o produtor de alimento? A resposta é simples.
Com os consumidores modernos buscando cada vez mais comidas orgânicas, garantir a segurança das colheitas se torna fator primordial para que nada chegue fora de validade às mesas. Se um agricultor consegue garantir ao público a qualidade da produção, automaticamente seus serviços se tornam mais atrativos aos clientes. Com o blockchain, é possível compartilhar informações sobre a colheita com agências de verificação, que podem certificar o andamento da produção.
Essa tecnologia também é capaz de eliminar os múltiplos intermediários na entrega dos alimentos. Através de contratos mais inteligentes, o produtor tem a garantia do fim de atrasos desnecessários, fazendo com que sua mercadoria chegue no momento correto. Essa é uma simples mudança na logística do agronegócio, mas evita muito estresse e poupa dinheiro.
O blockchain pertence a um dos múltiplos sistemas de distribuição (DLT) que ajudam a separar, compartilhar e sincronizar informações entre membros de um network específico. A implementação desse tipo de tecnologia no campo dá aos fazendeiros maior controle sobre seu próprio trabalho, podendo monitorar tanto as colheitas quanto o armazenamento do alimento e das informações em um lugar seguro e imutável.
Uma tecnologia em evolução
Blockchain é uma ferramenta ainda recente no mercado. Por isso, ainda passa por diversas fases de experimentação que a auxiliam a se moldar ao mundo dos negócios. No momento, existem três grandes modelos de blockchain adotados no comércio digital.
Consórcio
Esse é um modelo formado por um grupo de entidades que podem adicionar e verificar informações ao blockchain através de um mecanismo de consenso utilizado pelos usuários de maneira pré-selecionada.
Privado
Com o controle de uma organização centralizada, apenas pessoas com determinada autenticação e permissão podem fazer parte desse grupo. Sendo assim, todos os membros da rede se conhecem e confiam um nos outros. Apesar de as informações serem inseridas por um único grupo, os dados ficam disponíveis para o público de forma transparente.
Público
O sistema público ou sem necessidade de permissões é completamente descentralizado e aberto ao público. Qualquer um pode entrar ou sair, assim como pode adicionar e verificar informações para a cadeia. Esse é um modelo de blockchain que facilita a coletividade dos participantes, que em sua maioria não se conhecem. Portanto, é essencial a implementação de mecanismos de consenso entre os membros, para que a informação implementada não seja prejudicada no processo.
O início de uma nova era
O comércio digital começa a passar por uma fase de transformação que está muito relacionada com a implementação de tecnologias como o blockchain. Com sua promessa de transparência, automatização de setores, informações confiáveis e verificáveis e tantos outros benefícios, esse modelo indica um novo início para a economia e para o agronegócio.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), pequenos agricultores devem corresponder a até 60% dos produtores de alimentos essenciais para suprir as necessidades de uma população estimada em 9 bilhões de pessoas em 2050. Em meio a inúmeros desafios, a chave para o sucesso deve passar por sistemas de cooperativismo — e nesse ponto o blockchain pode ser a resposta esperada.
Fontes: FAO, Startagro, Kryptographe.
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