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Economia

Margem da indústria de carnes segue pressionada por tarifa dos EUA

Associação que reúne empresas como JBS, Marfrig e Minerva cobra que governo brasileiro siga na busca por negociações com Trump

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Redação Agro Estadão

17/09/2025 - 11:46

Presidente da Abiec, Roberto Perosa, defendeu diplomacia para solução das tarifas norte-americanas. | Foto: Agro Estadão
Presidente da Abiec, Roberto Perosa, defendeu diplomacia para solução das tarifas norte-americanas. | Foto: Agro Estadão

Apesar dos recordes nos embarques de carne bovina e das projeções de crescimento mantidas para este ano, as margens das indústrias exportadoras seguem pressionadas pelas tarifas adicionais de 50% aplicadas há mais de um mês pelos Estados Unidos (EUA).

Segundo Roberto Perosa, presidente da Associação das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), mesmo que o Brasil siga exportando para o mercado norte-americano com tarifas de 76%, as taxas trazem perdas. “É importante que a gente saiba que conseguimos realocar boa parte da produção, o que mostra a capilaridade da indústria brasileira. Mas a perda do nosso segundo maior mercado faz diferença no resultado das empresas e isso impacta toda a cadeia”, afirmou o dirigente da associação, que representa empresas responsáveis por mais de 95% da carne exportada pelo Brasil — entre elas gigantes como JBS, Marfrig e Minerva. 

Durante o 5º Fórum Pecuária Brasil, Perosa defendeu que a saída da atual situação passa por ação diplomática. “É necessário que a gente continue pressionando o governo brasileiro para que continue negociando e para que a gente possa retomar o fluxo normal de comércio com os Estados Unidos”, destacou.

Outros mercados mantêm projeção de crescimento

Mesmo sob pressão dos EUA, o setor de carne bovina tem mostrado certa resiliência. Para a Abiec, 2025 deve encerrar com crescimento em comparação com o ano passado, tanto em volume quanto em receita: respectivamente, 14% e 16%.

O movimento, segundo o dirigente da Abiec, tem sido sustentado pela diversificação de mercados. Com destaque para a conquista do mercado do Vietnã, um dos mais exigentes do mundo. “Nós estamos atingindo os maiores mercados do mundo e faltam ainda três mercados estratégicos: Japão, Turquia e Coreia do Sul. No início do ano faltavam quatro, mas o Vietnã foi aberto recentemente e novas habilitações de empresas estão a caminho”, destacou. 

A associação segue trabalhando para a abertura dos demais mercados. Há expectativa de que os japoneses deem a chancela à carne bovina brasileira ainda este ano. No início de setembro, eles autorizaram as exportações de gordura animal. “São mercados altamente rentáveis e, com isso, conseguir trazer rentabilidade para todos os elos da cadeia”, apontou. 

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