Economia
Mapa confirma foco de vassoura-de-bruxa da mandioca em área indígena no Pará
Praga foi detectada no município de Almeirim. Ministério atua com plano emergencial de contenção

Redação Agro Estadão
21/05/2025 - 11:27

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a ocorrência de foco da doença conhecida como vassoura-de-bruxa da mandioca (Ceratobasidium theobromae) em um território indígena no estado do Pará, próximo à fronteira com o Suriname. A detecção teria ocorrido durante inspeções de rotina realizadas em abril deste ano, em parceria com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e órgãos estaduais.
Segundo a pasta, o foco encontra-se no na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque, localizada no extremo norte do município de Almeirim, em uma área remota, de difícil acesso, distante das principais zonas produtoras de mandioca no Pará e só é acessível por meio de voos fretados.
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), em parceria com o Mapa, realiza levantamentos fitossanitários em todo o estado como parte do Plano Emergencial para Prevenção da Vassoura-de-Bruxa da Mandioca. Ainda de acordo com a pasta, até o momento, não há registro de suspeitas em áreas comerciais de produção nem interceptação de material vegetal suspeito nas barreiras de fiscalização instaladas no norte do estado.
O Ministério destacou que a vassoura-de-bruxa da mandioca não tem relação com a praga do cacaueiro. Embora o fungo não ofereça risco à saúde humana, é altamente destrutivo para as lavouras de mandioca. A doença foi detectada pela primeira vez em 2024 pela Embrapa Amapá, em terras indígenas de Oiapoque.
Vassoura-de-bruxa
A praga da mandioca compromete o desenvolvimento da planta, afetando principalmente as partes vegetativas e reduzindo a produtividade. O manejo adequado é considerado essencial para mitigar os impactos sobre a agricultura familiar e os sistemas tradicionais de cultivo.
A previsão para a produção de mandioca no Brasil em 2025 é de cerca de 325,3 milhões de toneladas, com um crescimento de 11,1% em relação a 2024.,segundo o IBGE. O Pará lidera a produção nacional, seguido por Paraná, Bahia, Maranhão e Amazonas.

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