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Economia

Juros menores nos EUA fortalecem real e pressionam exportações do agro

Professor Fava Neves analisa corte de juros, oscilação do dólar e efeitos sobre soja e milho

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Redação Agro Estadão

17/09/2025 - 20:00

Foto: Adobe Stock
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O mercado financeiro viveu nesta quarta-feira, 17, a chamada “Super Quarta” com os anúncios dos caminhos na política monetária do Brasil e dos Estados Unidos. O dia começou com o Federal Reserve (Fed) cortando as taxas de juros, pela primeira vez no ano, em 0,25 ponto, para faixa entre 4% a 4,25% ao ano. A decisão pode ter contribuído para o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a manter a taxa Selic em 15%, como previa o mercado. 

Apesar do corte de juros nos Estados Unidos demonstrar a necessidade de ajustes na economia local, o dólar fechou o dia cotado em R$ 5,30, com leve alta de 0,06%. Vale lembrar que a moeda norte-americana vem passando por uma trajetória de baixa. Só em setembro, o câmbio registrou perdas de 1,86%, enquanto no acumulado do ano, o recuo é de um pouco mais de 15%.

Para o professor de administração da Fundação Getúlio Vargas e colunista do Agro Estadão, Marcos Fava Neves, a queda nos juros nos EUA ajuda a fortalecer o real, combater a inflação e contribuir para a redução da taxa de juros no Brasil. Porém, o agronegócio é penalizado com esse cenário, com a diminuição da receita dos produtos exportados.

A soja e o milho, que vivem um período de supersafra com pressão sobre os preços, podem ser os mais atingidos. “Estou alertando os produtores há cerca de quatro meses, em minhas palestras, para venderem soja e milho antecipado”, disse Fava Neves ao Agro Estadão sinalizando que já previa esse cenário de queda nas cotações.

Sobre reduções nos custos de produção para a safra que se inicia, o analista explica que demora para que esse cenário de pressão do dólar chegue, de fato, ao mercado. “Ele [produtor] pode esperar, depois de uns meses, defensivos, fertilizantes e diesel um pouco mais baratos”. Já sobre os juros menores contribuírem para a redução do endividamento do setor, Fava Neves afirma que não acredita em reflexos neste ano.

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