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Economia

Grãos fecham em alta após China comprar 10 navios de soja da Argentina 

Movimento de compra da soja ocorre após a Argentina oficializar a redução do imposto de exportação de grãos e carnes

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Redação Agro Estadão

23/09/2025 - 17:19

Foto: Adobe Stock
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O primeiro efeito das reduções do imposto de exportação da Argentina, conhecido como retenciones, já chegou ao mercado. Nesta terça-feira, 23, dia em que a medida foi oficializada no Diário Oficial do País, a China, maior comprador mundial de soja, realizou a aquisição de 10 carregamentos do grão argentino. 

Os investidores repercutiram o movimento que ocorre em meio às desavenças comerciais entre Washington e Pequim. Como reflexo, o contrato de novembro da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou o pregão em leve alta de 0,10%, cotado a US$ 10,12 por bushel. Já o vencimento de janeiro subiu 0,12%, aos US$ 10,31 por bushel. No dia anterior, todos os contratos tinham terminado o dia em quedas superiores a 1%

Em relação aos derivados da soja, também houve ganhos. O óleo avançou 0,38%, enquanto que o farelo perdeu 1,00%. Conforme a Datagro consultoria, no pregão desta terça, os preços foram impulsionados pelo movimento de ajuste nas posições, à medida que o mercado segue pressionado pela falta de participação dos compradores chineses. 

Além disso, os agentes avaliaram ainda o andamento da colheita das lavouras norte-americanas, no qual chegou a 9% da área estimada na última semana, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Milho 

No caso do milho, três fatores influenciaram o mercado: a queda do dólar perante as principais moedas globais, a valorização do petróleo na Bolsa de Nova York — fator que aumenta a competitividade do etanol de milho — e a colheita nos EUA estava 11% concluída até domingo. Segundo o USDA, a condição das lavouras foi avaliada em 66% como boa ou excelente, queda de 1 ponto percentual na semana, mas ainda no melhor nível para esta época desde 2018.

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Assim, o contrato de dezembro do milho em CBOT encerrou a sessão cotado a US$ 4,26 por bushel, após avançar 1,07% na sessão. O vencimento de março valorizou 0,97%, a US$ 4,43 por bushel. 

Trigo

Após perdas na sessão anterior, os contratos futuros de trigo registram recuperação. O vencimento para dezembro fechou em alta de 1,91% na CBOT, cotado a US$ 5,20 por bushel. Já na Bolsa de Kansas, o contrato do mesmo mês subiu 1,84%, a US$ 5,11 por bushel. A Datagro indica que o aumento esperado nas exportações argentinas limitou maiores avanços, bem como a projeção de uma ampla oferta global. 

O mercado acompanhou ainda dados da safra nos EUA. Por lá, a semeadura do trigo de inverno atingiu 20% da área, abaixo da média de cinco anos (23%). Já a colheita do trigo de primavera 2025 está praticamente concluída, com 96% da área colhida.

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