Economia
Governo autoriza inclusão de 3 hidrovias em programa de desestatização
Rotas de escoamento agrícola, a proposta é que as hidrovias do rio Madeira, Tocantins e Tapajós passem ser geridas pela iniciativa privada
Redação Agro Estadão
29/08/2025 - 14:34

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, incluiu três hidrovias da região Norte do país no Programa Nacional de Desestatização (PND). A ideia é que essas vias de transporte comercial passem a ser geridos pela iniciativa privada.
As rotas em questão são:
- Hidrovia do Rio Madeira: trecho que vai de Porto Velho (RO) até a Itacoatiara (AM), foz do Rio Amazonas, aproximadamente 1.075 quilômetros);
- Hidrovia do Rio Tocantins: de Belém (PA) até Peixe (TO), aproximadamente 1.731 quilômetros;
- Hidrovia do Rio Tapajós: navegável de Itaituba (PA) até Santarém (PA), na foz do Rio Amazonas, com cerca de 250 quilômetros.
As três hidrovias estão em fases de estudo para a concessão, segundo informações nas páginas de acompanhamento dos projetos nos sites da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
A hidrovia do Rio Madeira é considerada a segunda mais importante do Corredor Logístico Norte. É considerada estratégica porque faz ligação com a hidrovia do Rio Amazonas. De forma geral, a hidrovia do Madeira escoa principalmente soja, milho e açúcar produzidos em Mato Grosso, já que faz ligação com a BR-364.
No caso da hidrovia do Rio Tocantins, a Antaq aponta que entre Marabá (PA) e Barcarena (PA) já há “alguma navegação comercial”. Além disso, indica ser necessário alguns investimentos para viabilizar a hidrovia, como a remoção de pedras de alguns trechos do rio e obras de dragagem.
A hidrovia do Rio Tapajós também é vista como potencial e serviria para o transporte de grãos de Mato Grosso para portos como de Santarém (PA), Santana (AP) e Barcarena (PA). A Antaq ainda sinaliza uma projeção de “crescimento vigoroso” para a hidrovia caso as obras da duplicação da BR-163 e da Ferrogrão aconteçam.
Newsletter
Acorde
bem informado
com as
notícias do campo
Mais lidas de Economia
1
Minerva alerta pecuaristas após China detectar resíduo acima do limite na carne bovina do Brasil
2
Decisão sobre salvaguardas da China leva tensão ao mercado da carne bovina
3
Banco do Brasil usa tecnologia para antecipar risco e evitar calotes no agro
4
China cancela compra de soja de 5 empresas brasileiras
5
Reforma tributária: o que o produtor rural precisa fazer antes de janeiro?
6
Consórcio de máquinas agrícolas cresce 149% em 5 anos e ultrapassa o de caminhões
PUBLICIDADE
Notícias Relacionadas
Economia
China impõe tarifas provisórias de até 42,7% sobre lácteos da União Europeia
Medida busca aliviar produtores de leite da China, pressionados por excesso de oferta e preços baixos; anúncio ocorre dias após taxas à carne suína europeia.
Economia
Moçambique abre mercado para material genético avícola do Brasil
O país africano já importou mais de US$ 24 milhões em produtos agropecuários do Brasil entre janeiro e novembro de 2025
Economia
China já comprou mais da metade da soja prevista em acordo com EUA
Volume das compras soma ao menos 7 milhões de toneladas de soja, porém, realização dos embarques ainda preocupa o mercado
Economia
Acordo Mercosul-UE enfrenta resistência e fica para 2026
Países europeus se dividem sobre o acordo: defensores veem ganho comercial e menor dependência da China, enquanto o setor agrícola lidera a resistência
Economia
Brasil abre mercado de feijões a quatro países asiáticos
Armênia, Belarus, Cazaquistão e Quirguistão, da União Euroasiática, autorizaram exportações de feijão comum e de feijão fradinho
Economia
Governo amplia regras para a renegociação de dívidas; veja o que muda
Nova MP inclui safra 2024/2025 e CPRs, mas CNA e governo do Rio Grande do Sul consideram medidas insuficientes
Economia
Cadeia da soja deve responder por 23% do PIB do agronegócio em 2025
Apesar da queda de preços, volumes recordes garantem alta de 11,66% PIB da cadeia de soja e retomada da renda
Economia
FGV: tarifaço afetou exportações para os EUA, mas houve avanço em números globais
Perdas com mercado norte-americano foram compensadas com crescimento de embarques para outros parceiros, em especial a China