Economia
Comércio com outros países se tornará 'mais justo', diz secretário dos EUA
Howard Lutnick ainda defendeu não haver motivos para os países retaliarem as tarifas norte-americanas

Broadcast Agro
03/04/2025 - 16:23

O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que as tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, são parte de uma “mudança” e que elas tornarão o comércio com outros países “mais justo”. A declaração foi realizada em entrevista para a Bloomberg TV, nesta quinta-feira, 3.
“Precisamos mudar o jeito que o comércio é feito. A Europa, por exemplo, não trata nossos produtos e empresas de maneira justa”, disse Lutnick, ao mencionar que países não querem determinados produtos norte-americanos, como o milho e a carne bovina. “Precisamos de comércio justo no geral, não apenas produto por produto”, acrescentou.
De acordo com Lutnick, a tarifa básica de 10% anunciada para todos os países, que passará a valer a partir de sábado, dia 5 de abril, é para as nações entenderem que precisam dos EUA.
A Rússia não foi mencionada na lista de tarifas porque, segundo o representante, os norte-americanos já possuem sanções contra os russos.
O secretário defendeu a tarifa de 20% contra a China pode cair, caso o presidente chinês, Xi Jinping, ofereça cortes no fentanil.
Ele ainda defendeu que não há motivos para os países retaliarem as tarifas norte-americanas, já que os Estados Unidos são “o maior parceiro comercial” e projetou um grande crescimento doméstico, além de mais empresas no país. “Conversaremos com parceiros comerciais hoje”, disse.
Casa Branca diz que próxima meta é corte de impostos
Também nesta quinta-feira, em entrevista para a CNN, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Donald Trump cumpriu a promessa de impor tarifas recíprocas e que a próxima meta do governo é cortar os impostos.
A representante norte-americana justificou a prioridade dizendo que a administração trumpista busca “menos inflação e mais dinheiro no bolso dos trabalhadores dos EUA”.
Na ocasião, Leavitt defendeu que as tarifas funcionaram no primeiro mandato de Trump e, por isso, foram aplicadas novamente neste segundo mandato.

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