Economia
Brasil tem 10 suspeitas de gripe aviária em investigação
Mato Grosso confirmou caso da doença em aves de subsistência; governo retoma atividades de Centro de Operações de Emergência

Redação Agro Estadão | Atualizada às 12h00
09/06/2025 - 08:39

O país tem 10 casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) com investigação em andamento, conforme atualização feita na manhã desta segunda-feira, 09, no painel de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves.
Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a detecção do vírus em uma criação de aves domésticas de subsistência no município de Campinápolis, no estado de Mato Grosso.
Segundo o Mapa, as medidas de erradicação e as ações de vigilância no raio de 10 km ao redor do foco foram iniciadas nesse domingo (8). O Ministério afirmou não haver estabelecimentos avícolas comerciais no raio sob vigilância.
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) informou que estão sendo determinadas as seguintes medidas: estabelecimento de barreira sanitária na propriedade afetada para impedir o trânsito de animais, materiais e equipamentos potencialmente contaminados; abate sanitário de todas as aves existentes no local; desinfecção completa da área contaminada.
Como o foco da doença ocorreu em aves de subsistência, o Mapa esclareceu, em nota, que não haverá consequências para o comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. E que não haverá alteração no período de 28 dias de vazio sanitário — que se encerra dia 18 — após a desinfecção da área em Montenegro (RS), onde foi confirmada a gripe aviária em um matrizeiro de aves comerciais.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) esclarece que as 10 investigações em andamento podem indicar gripe aviária (H5N1), Doença de Newcastle (DNC) ou outras enfermidades.
No sábado, 07, o governo do Rio Grande do Sul informou, em nota, que as investigações referentes as duas suspeitas de gripe aviária, em um aviário de Westfália e em Capela de Santana, deram resultados negativos.
Ao todo, o Brasil já realizou mais de 4.100 investigações de suspeitas de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves desde maio de 2023, quando houve a primeira ocorrência de IAAP em ave silvestre, segundo o Ministério da Agricultura.
O país teve 172 casos de influenza aviária desde o início do monitoramento, sendo 167 em animais silvestres (163 aves e 4 leões-marinhos), 4 em criações de subsistência e apenas 1 em granja comercial, registrado em maio em Montenegro (RS).
Governo retoma atividades de Centro de Operações
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) publicou nesta segunda-feira, 09, uma portaria que reinstitui o Centro de Operação de Emergência (COE) Ambiental Influenza Aviária. De acordo com a portaria, esse centro será responsável por “monitorar, acompanhar, propor e coordenar ações ambientais para mitigar os efeitos da infecção pelo vírus H5N1, classificado como Influenza Aviária de Alta Patogenicidade – IAAP, em animais silvestres no Brasil”.
O centro foi criado em 2023, mas não estava em funcionamento atualmente. Com os novos casos de gripe aviária, o MMA reativou as atividades. Ao todo, o COE Ambiental Influenza Aviária é formado por quatro membros, sendo:
- dois da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais;
- um do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
- um do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O prazo de trabalho do centro é de 180 dias podendo ser prorrogado por mais 180 dias, caso seja firmado ato pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Esse período começa a ser contado a partir desta segunda.

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