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Abrapa deve fornecer 1 milhão de toneladas de algodão ao setor têxtil brasileiro até 2030

Congresso Brasileiro do Algodão terminou nesta quinta, 5, com meta de crescimento na produção em até 5 milhões de toneladas 

Nome Colunistas

Daumildo Júnior* | Fortaleza | daumildo.junior@estadao.com

06/09/2024 - 05:00

Foto: Abrapa/Divulgação
Foto: Abrapa/Divulgação

No encerramento do 14º Congresso Brasileiro de Algodão (CBA), a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) firmaram um acordo que prevê uma ampliação do consumo interno de algodão. O documento detalha que o fornecimento da pluma para as empresas têxteis do Brasil passe de aproximadamente 700 mil toneladas para um milhão de toneladas por ano. Segundo o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, a expectativa é de que esse valor seja alcançado até 2030. 

“Nós tínhamos uma ideia de chegar a um milhão de toneladas de consumo interno. E essa é uma cobrança que nós tínhamos há um bom tempo, para retornarmos a esse consumo, que em 2007 a indústria têxtil nacional consumia mais um milhão de toneladas”, disse ao Agro Estadão. Confiante na produção, Schenkel acredita que essa meta pode ser antecipada. “Do jeito que nós somos eficientes aqui na produção de algodão e eu creio que a indústria têxtil tem sido uma guerreira aqui no Brasil, é provável que nós vamos atingir essa meta antes”, completou.      

O compromisso foi assinado pelo presidente emérito da Abit, Fernando Pimentel. De acordo com ele, é preciso ter uma sincronia na cadeia produtiva e as indústrias têm que acompanhar o ritmo do Agro. “Vamos coordenar esforços e acelerar a execução dos nossos planos: temos um país muito competitivo na área agrícola e temos que transportar essa competitividade para a indústria”, afirmou Pimentel.

encerramento do congresso do algodão
Foto: Abrapa/Divulgação

Brasil deve produzir 5 milhões de toneladas de algodão em 2030, estima Abrapa

Alexandre Schenkel também comentou o que a Abrapa prevê para a cotonicultura brasileira. “Nós como produtores esperamos estar produzindo 5 milhões de toneladas de algodão até 2030. Fazendo a conta, a gente pode exportar 4 milhões e industrializar um milhão. E quem sabe no futuro não tão longe, a gente inverta esses números de exportação e consumo interno”, indicou.

O último levantamento da safra de grãos feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que a safra de 2023/2024 da pluma será recorde com 3,64 milhões de toneladas. Quanto à área, o estudo mostra que também houve um crescimento de 16,9% frente ao ciclo anterior (+ de 1,9 milhão de hectares).

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Para o presidente da associação, uma ampliação de produção entre 25% e 30% pode ser alcançada com melhoria de produtividade e aumento da área de produtores que já produzem. Sobre a entrada de novos produtores, Schenkel diz que são bem-vindos, mas pede que sejam responsáveis na produção. 

“É muito bom ter novos entrantes desde que sejam responsáveis. Nós fizemos um grande trabalho para conseguir mercado para o algodão brasileiro e isso depende muito tanto da questão de manutenção da qualidade do produto que nós estamos fazendo quanto das questões fitossanitárias”, pondera o presidente. 

Próximo CBA será divulgado no final de 2025

Schenkel confirma que em 2026 será realizada a 15º edição do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA). No entanto, a definição do local só deve sair daqui a um ano. “Vamos fazer no primeiro semestre do ano que vem os estudos para ver onde será o próximo Congresso e vai ser divulgado no final de 2025 onde”, aponta.

O presidente da Abrapa também faz um balanço da 14º edição. Na visão dele, o evento foi “uma certa celebração” pela liderança brasileira no ranking dos maiores exportadores. Ele também lembra que o Congresso trouxe sinalizações do que os produtores de algodão devem fazer nos próximos anos, como hedge — proteção contra oscilação de preços — e cuidados com a parte fitossanitária. 

“Quem participou viu o que precisa ter atenção daqui para frente: custos, mercado e oportunidades. Não é só aqui no Brasil que a oferta do algodão está ficando alta, porque outros países também estão produzindo bem e isso gera um desequilíbrio no mercado devido a quantidade de produtos ofertados”, reforça Schenkel.

*Jornalista viajou a Fortaleza (CE) a convite da Abrapa.

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