Cotações
Resiliência marca o mercado de açúcar e etanol em 2024
Diante de desafios climáticos e econômicos, as usinas tiveram que ajustar estratégias frente à menor oferta de cana e oscilações de preços

Redação Agro Estadão
26/12/2024 - 11:00

O mercado paulista de açúcar cristal branco e etanol demonstrou resiliência em 2024, enfrentando desafios climáticos, logísticos e econômicos. Segundo os pesquisadores do Centro de Economia Aplicada (Cepea), a menor oferta de açúcar, aliada à competição pelo uso da cana-de-açúcar entre produção de etanol e exportação de açúcar VHP, que serve como matéria-prima para refino em mercados internacionais, marcou a estratégia das usinas para maximizar as margens.
Apesar disso, a safra 2024/25 iniciou com cotações médias superiores à temporada anterior. O cenário foi impulsionado pela demanda interna por biocombustíveis e pela menor disponibilidade de açúcar no mercado doméstico.
Nos meses iniciais da safra, o aumento da produção, maiores estoques, volatilidade cambial e desaquecimento da demanda pressionaram os preços do cristal, que caíram para R$ 130 por saca de 50 kg. Contudo, a partir de agosto, as cotações reagiram, alcançando recordes nominais em novembro, com média de R$ 166,46 por saca. O quadro refletiu a redução drástica na oferta de cana causada pela seca, queimadas e a propagação de uma nova doença.
No acumulado da safra até novembro, a moagem totalizou 582,61 milhões de toneladas de cana — queda de 2,24% em relação ao ciclo anterior, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA).
No entanto, os preços médios do etanol anidro e do etanol hidratado superaram os valores de 2023/24, com altas de 0,26% e 2,03%, respectivamente. As vendas de etanol foram impulsionadas pela competitividade frente à gasolina, embora as exportações tenham recuado 5,62%, somando 1,73 bilhão de litros.
Siga o Agro Estadão no Google News e fique bem informado sobre as notícias do campo.

Newsletter
Acorde
bem informado
com as
notícias do campo
Mais lidas de Cotações
1
Dólar em queda puxa para baixo preços da soja no Brasil
2
Preço do café recua após recorde, mas segue acima de US$ 4
3
Preço dos ovos recua e atinge menor valor desde janeiro
4
Preço do bezerro em Mato Grosso subiu mais de 42% só este ano
5
Preço do arroz atinge menor valor em 5 anos
6
Óleo de soja supera farelo na margem da indústria pela primeira vez

PUBLICIDADE
Notícias Relacionadas

Cotações
Preço da arroba do boi gordo deve avançar na reta final de 2025
Demandas interna e externa aquecidas devem impulsionar as cotações e câmbio pode determinar as exportações

Cotações
Feijão: mercado interno segue em baixa, enquanto exportações batem recorde
Chuvas em outubro e enfraquecimento do consumo interno limitam negócios, mesmo com avanço das vendas externas lideradas por Mato Grosso

Cotações
Ciclo de alta: futuros do boi gordo se aproximam de R$ 330 na B3
Mercado de reposição acompanha movimento de alta e preço do bezerro avança 1,32% em uma semana

Cotações
Milho reage com demanda dos biocombustíveis: o que esperar no curto prazo?
Markestrat Group aponta que recuperação dos preços do milho ocorre em meio a um cenário de maior demanda interna
Cotações
Boi gordo: demanda interna aquece e indica leve recuperação dos preços
Preço da arroba teve valorização superior a 1% na primeira semana de outubro, aponta a consultoria Markestrat
Cotações
Soja inicia outubro com recuperação de preços no mercado interno
Consultoria Markestrat indica um 'ambiente mais favorável ao produtor de soja no curto prazo’
Cotações
Exportação de algodão na safra 2024/2025 vai depender do apetite chinês
Chineses colheram supersafra de algodão, o que, segundo o IBA, afeta os embarques brasileiros; para a Índia, expectativa é de crescimento
Cotações
Valorização do bezerro pressiona relação de troca com boi gordo
Com o bezerro em R$ 2.798,56, relação de troca recuou para nível abaixo da média histórica em setembro