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Agropolítica

OCB e BNDES assinam acordo para ampliação de linhas de financiamento

Presidente da organização das cooperativas vê necessidade de R$ 44 bilhões em investimento para manter capacidade de recepção de grãos

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Daumildo Júnior | Brasília | daumildo.junior@estadao.com

10/04/2025 - 15:36

Parceria foi oficializada durante o seminário sobre cooperativismo - Foto: OCB/Divulgação
Parceria foi oficializada durante o seminário sobre cooperativismo - Foto: OCB/Divulgação

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram um acordo de cooperação para ampliar o acesso das cooperativas às linhas de financiamento do banco. A parceria foi oficializada durante o seminário sobre cooperativismo realizado nesta quinta-feira, 10, na sede do banco, no Rio de Janeiro. 

Segundo a OCB, essa cooperação terá foco em ações de capacitação, eventos, comunicação institucional, além de troca de informações entre as instituições que compõem a OCB e o BNDES. Para o presidente da entidade, Márcio Lopes de Freitas, essa é uma “parceria estratégica”. Ele disse que as cooperativas estão “preocupadas” em como irão fazer o financiamento da próxima safra devido aos juros básicos elevados e também destacou os valores para novos investimentos nos diferentes ramos do cooperativismo. 

“Nós vamos ter uma necessidade de investimento das nossas cooperativas brasileiras aproximada de R$ 40 bilhões a R$ 45 bilhões. Isso é necessário para manter a capacidade logística na área de recepção de grãos. Eu preciso de meios de transporte, de silo novo, de secador novo, de hospital novo nas Unimeds, eu preciso ter um leque processos que no mínimo eu tenho uma necessidade de investimento de R$ 44 bilhões no cooperativismo brasileiro. […] O custo é muito alto. É alto para quem investe, é alto para o governo subsidiar com essas taxas de juros”, comentou

Uma das alternativas que Lopes esboçou foi a de trazer recursos internacionais para serem emprestados no Brasil. “Juntar com o BNDES para criar mecanismos de azeitar, quem sabe, esse hedge internacional, facilitar os processos e fazer com que fluxos de recursos externos venham e não custem tão caro transformá-los em reais”, pontuou o presidente da OCB.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o banco está disposto a ampliar o apoio ao cooperativismo e também lembrou a atuação da instituição no financiamento das cooperativas. “Das três maiores instituições repassadoras de crédito do BNDES, duas são cooperativas. O cooperativismo é uma força econômica e social decisiva. São 550 mil empregos diretos, R$ 692 bilhões em faturamento anual, e o mais importante: uma capilaridade que chega aonde os grandes bancos não chegam mais”, destacou Mercadante. 

Outra intenção externada pelo chefe do banco é o de expandir o cooperativismo para regiões Norte e Nordeste. “Ainda há muito a fazer nessas regiões. O cooperativismo nasceu forte no Sul, com influência europeia, e avançou para o Centro-Oeste. Agora, nosso desafio é expandi-lo para o Norte e Nordeste, gerando renda e melhorando a distribuição de riqueza no Brasil”, disse.

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