Agropolítica
FPBio diz que “biodiesel não encarece preço dos alimentos”
Bancada se posiciona em resposta a afirmação do governo sobre haver relação entre a produção do biocombustível e o preço dos alimentos

Redação Agro Estadão
18/02/2025 - 12:18

A Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) emitiu uma nota na qual rebate a tese de que a produção do biocombustível tem colaborado na alta dos preços dos alimentos, principalmente, do óleo de soja. A manifestação da bancada tem o objetivo de responder a uma parte do governo que vê influência do biodiesel no aumento dos preços. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a externar que pretendia ter uma conversa com empresários do setor para entender a alta do óleo de soja de R$ 4 para R$ 10.
A nota afirma que “a produção de biodiesel não concorre com a oferta de alimentos”. Isso porque, segundo o texto, o esmagamento da soja gera mais oferta de farelo, utilizado na alimentação animal. “Estimamos que esse processo garante uma economia de até R$ 3,5 bilhões em despesas com proteínas animais, equivalente a uma redução de 0,05% no Índice de Preços ao Consumidor (IPCA)”, pontua a bancada.
Ainda nessa temática, a nota afirma que haverá aumento nesse esmagamento do grão a partir de março deste ano, quando está previsto o aumento na mistura do biodiesel no diesel (passando de 14% para 15%). A frente estima um incremento de pelo menos 2,4 milhões de toneladas de farelo de soja.
Na manifestação, os parlamentares ainda argumentam que outros fatores têm contribuído para a alta nos preços dos alimentos. O câmbio, a quebra da safra de soja no ano passado e os preços mais elevados do óleo de palma no mercado internacional são apontados como gatilhos.
Além disso, a FPBio indica que o prêmio do óleo de soja — diferença entre o preço do mercado e o preço na bolsa de Chicago — subiu em 2024. “É mais uma evidência que o problema é o cenário externo e a inflação interna, que encarece o comércio internacional”, pondera

Newsletter
Acorde
bem informado
com as
notícias do campo
Mais lidas de Agropolítica
1
ITR 2025: entrega começa em agosto com novidades
2
MST invade área do Banco do Brasil no Rio Grande do Sul
3
Ministério decide não aplicar medidas antidumping sobre leite em pó argentino e uruguaio
4
Governo descarta preços de exportação em compras de socorro ao tarifaço
5
Com frete 40% menor, Ferrogrão está parado no STF há três anos; entenda o caso
6
Governo anuncia pacote de R$ 30 bi para exportadores afetados por tarifa dos EUA

PUBLICIDADE
Notícias Relacionadas

Agropolítica
Mercosul e Canadá retomam negociações de livre comércio
Brasil e Canadá planejam missão comercial em Toronto em setembro e reunião de chefes do Mercosul em outubro

Agropolítica
MST invade área do Banco do Brasil no Rio Grande do Sul
Movimento reivindica avanço nas negociações sobre área indicada ao Incra em 2024; BB diz que não detém a posse e nem a disponibilidade do imóvel

Agropolítica
Governo federal destina R$ 21,7 milhões para equalizar preços de feijão
Medida assinada por quatro ministérios é voltada, exclusivamente, à produção de estados da região Sul destinada ao consumo interno

Agropolítica
Governo descarta preços de exportação em compras de socorro ao tarifaço
Simplificação das aquisições públicas é uma das medidas emergenciais para aliviar situação de produtores rurais
Agropolítica
Leilões da Conab negociam 109,2 mil toneladas de arroz
Ao todo foram firmados 4.044 contratos, com vencimentos para setembro e outubro deste ano
Agropolítica
Governo divulga regras para acessar crédito de socorro ao tarifaço; confira condições
Para conseguir financiamento, empresas deverão ter perdido pelo menos 5% do faturamento com exportações para os EUA e cumprir contrapartida
Agropolítica
Nova fase da Operação Big Citros busca conter avanço do greening no Paraná
Ação vai até o próximo dia 29 de agosto em pomares de tangerina dos municípios de Cerro Azul e Doutor Ulysses, no Vale do Ribeira
Agropolítica
Em Goiás, produtores que aderiram ao PSA recebem entre R$ 498 e R$ 664
Governo do estado já desembolsou R$ 4 milhões; área cadastrada pode ser de, no mínimo, dois hectares, e, no máximo, 100 por propriedade