Agropolítica
FPA alerta para risco de endividamento com “juros altíssimos” anunciados em Plano Safra
Em vídeo, presidente da FPA critica falta de seguro rural entre as medidas do Plano Safra 2024/2025 e diz que não faltou diálogo
1 minuto de leitura 04/07/2024 - 10:28
Da Redação
Ausente da cerimônia que anunciou o Plano Safra 2024/2025, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) manifestou-se apenas horas após o evento. Para a FPA, o Plano Safra não traz novidades em recursos e não atendeu ao pedido dos produtores rurais para taxas de juros menores.
“A taxa Selic baixou 3,25%, mas os juros não foram reduzidos de forma equivalente. Um impacto diretamente no risco de inadimplência”, diz a nota. “Um anúncio sem seguro suficiente com juros altíssimos que competem com a diminuição da oferta de crédito”, completa.
Como exemplo, é citado um empréstimo de R$ 100 mil com juros de 4% ao ano que pode gerar um custo total de R$ 18.624,40. “Resultando em uma taxa efetiva de 18,62% ao ano, ou seja, 4,6 vezes a taxa de juros nominal anunciada”.
O texto diz ainda que a FPA trabalhou “em franco diálogo com o governo federal” e ressalta que “as políticas públicas não podem ser definidas pelo governo federal como pleito econômico”. E cita o “reconhecimento da necessidade de um seguro maior, de segurança jurídica maior e da preservação do direito de propriedade no Brasil como política de Estado, sem invasões e sem simbologias presidenciais de que quem comete crime, lança planos oficiais de governo sentado ao lado do Presidente da República”.
A nota da FPA ainda reconhece o esforço feito pelo governo federal para a agricultura familiar e a importância do corte de 5% para 2,5%. “Uma redução que chega a 50% em algumas linhas de crédito, o que deveria seguir para todo o setor agropecuário brasileiro. O agro é um só”, diz.
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