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Mestrado de brasileira sobre carne é eleito o melhor em programa norte-americano

Desenvolvido em feiras livres de São Paulo, trabalho apontou que 70% dos entrevistados estão dispostos a pagar mais pela carne bovina produzida de forma sustentável

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Igor Savenhago | Ribeirão Preto (SP)

24/06/2025 - 11:17

Foto: Shenara Pantaleão Ramadan/Arquivo pessoal
Foto: Shenara Pantaleão Ramadan/Arquivo pessoal

O trabalho de Mestrado da brasileira Shenara Pantaleão Ramadan, sobre consumo de carne bovina no Brasil, foi eleito o melhor de 2024 no Institute of Food and Agricultural Science da Universidade da Flórida (UF), no quesito Dimensões Humanas. Ela entrevistou 114 frequentadores de feiras livres na capital de São Paulo e apurou que 70% dessas pessoas aceitam pagar até 10% mais pela carne ambientalmente sustentável. 

Shenara conta que, até o desenvolvimento da pesquisa, o relacionamento com São Paulo era restrito. Nascida em Nova Iguaçu (RJ), formada em Comunicação Social pela PUC-Rio e pós-graduada em Comunicação Empresarial pela Universidade Cândido Mendes, chegou a morar no Paraná e atuou por 15 anos no ramo corporativo, sendo os últimos cinco em uma empresa do agronegócio. “Comecei a observar que existia uma lacuna de comunicação entre produtores e consumidores”. 

A carne foi escolhida como tema do estudo por ser alvo de desinformação, segundo ela. “Especialmente para quem é consumidor urbano. Percebi que poderia colaborar para remover certos preconceitos, como o de que a pecuária é o principal vilão do efeito estufa”, afirma. “A proposta foi bem recebida na Flórida, que tem pecuária de corte e também porque o Brasil exporta o produto para lá”. 

São Paulo entrou na pesquisa por ser uma metrópole essencialmente urbana. Durante uma semana, Shenara se hospedou na cidade e visitou seis feiras livres, abordando as pessoas de maneira aleatória. Além dos 70% que disseram pagar mais pela carne ambientalmente correta, 72% relataram desconhecer a origem do produto que compram. “Isso mostra que existe um espaço para construir uma comunicação com esses consumidores e para estimular os produtores que não adotam práticas sustentáveis a enxergar isso como nicho. O setor ainda se comunica muito dentro da porteira, mas não para o consumidor urbano”. 

Quando questionou os motivos pelos quais os paulistanos aceitariam pagar mais, a pesquisadora observou que 63% são altruístas, preocupados com as próximas gerações; 26% valorizam a biodiversidade e 10% pensam no próprio bem-estar. Ao analisar embalagens com diferentes mensagens, 69% se sentiriam mais atraídos por aquelas que dariam ênfase à proteção ambiental. 

Para cursar o Mestrado e agora o Doutorado, Shenara recebeu bolsa da UF. Ela conta que continua pesquisando a comunicação no agronegócio e que, agora, o foco é a cana-de-açúcar.  

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