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Sustentabilidade

Biodiesel de algas: a revolução sustentável para a produção rural

O biodiesel de algas surge como uma inovação promissora para a produção rural, combinando alta produtividade com baixo impacto ambiental e sem competir com culturas alimentares

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Redação Agro Estadão*

26/03/2025 - 08:00

Foto: Adobe Stock
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O setor agrícola está constantemente em busca de alternativas energéticas que sejam não apenas eficientes, mas também sustentáveis. Nesse cenário, o biodiesel de algas surge como uma inovação promissora, capaz de revolucionar a produção de energia renovável no meio rural. 

O biodiesel de algas se destaca como uma solução que combina alta produtividade com baixo impacto ambiental. Diferentemente de outras fontes de biocombustíveis, como a soja ou o milho, as algas não competem com culturas alimentares por terra arável. 

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Isso significa que sua produção pode ser realizada em áreas não utilizadas para agricultura tradicional, otimizando o uso do espaço rural e criando novas possibilidades de geração de renda para os produtores.

Como é feito o biodiesel de algas?

O processo de produção do biodiesel de algas é uma jornada interessante que começa com o cultivo desses microrganismos e termina com um combustível limpo e eficiente. 

Cultivo de algas

O primeiro passo na produção de biodiesel de algas é seu cultivo. Existem duas principais técnicas utilizadas: os fotobioreatores e os tanques abertos. 

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Os fotobioreatores são sistemas fechados que oferecem um controle preciso sobre as condições de crescimento das algas, como luz, temperatura e nutrientes. Já os tanques abertos são mais simples e econômicos, mas estão sujeitos a variações ambientais.

O crescimento das algas é influenciado por diversos fatores. A luz é essencial para a fotossíntese, sendo que muitas espécies de algas utilizadas na produção de biodiesel são altamente eficientes na conversão de energia solar. 

A temperatura também desempenha um papel crucial, com cada espécie tendo sua faixa ótima de crescimento. Os nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo, são fundamentais para o desenvolvimento das algas e podem ser fornecidos através de fertilizantes ou, de forma mais sustentável, utilizando águas residuais ricas em nutrientes.

A escolha da espécie de alga é outro fator importante. Algumas espécies, como a Chlorella e a Nannochloropsis, são conhecidas por seu alto teor de óleo e rápido crescimento, tornando-as ideais para a produção de biodiesel. A seleção da espécie adequada depende das condições climáticas locais e dos recursos disponíveis na propriedade rural.

Extração do óleo

Após o cultivo, o próximo passo é a extração do óleo das algas. Este processo pode ser realizado através de diferentes métodos, sendo os mais comuns a prensagem mecânica e a extração por solventes. 

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A prensagem mecânica é um método mais simples e ecológico, onde as algas são comprimidas para liberar o óleo. Já a extração por solventes utiliza produtos químicos para separar o óleo da biomassa algal, sendo mais eficiente, mas requerendo cuidados adicionais no manuseio e descarte dos solventes.

Uma vez extraído, o óleo passa por um processo de refinamento para remover impurezas e prepará-lo para a próxima etapa. Este refinamento é crucial para garantir a qualidade do biodiesel final e pode incluir etapas como degomagem, neutralização e branqueamento.

Foto: Adobe Stock

Transformação em biodiesel

A etapa final na produção do biodiesel de algas é a transesterificação. Neste processo químico, o óleo refinado de algas reage com um álcool (geralmente metanol ou etanol) na presença de um catalisador. 

Esta reação quebra as moléculas de triglicerídeos do óleo e as recombina com o álcool, formando ésteres (o biodiesel) e glicerina como subproduto.

Após a transesterificação, o biodiesel passa por processos de purificação para remover resíduos do catalisador, álcool não reagido e glicerina. 

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O resultado é um biodiesel de alta qualidade, pronto para ser utilizado em motores a diesel convencionais, seja puro ou misturado com diesel de petróleo.

Vantagens do combustível de algas

O biodiesel de algas apresenta uma série de vantagens que o tornam uma opção atrativa tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico. 

Do ponto de vista ambiental, o biodiesel de algas se destaca por sua capacidade de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa.

As algas, durante seu crescimento, absorvem grandes quantidades de CO2 da atmosfera, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas. 

Além disso, a produção de biodiesel de algas não compete com culturas alimentares por terra arável, evitando o dilema “alimento versus combustível” associado a outros biocombustíveis.

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De acordo com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), estima-se que as algas podem produzir até 30 vezes mais óleo por hectare do que culturas terrestres tradicionais usadas para biodiesel, como a soja.

Para o produtor rural, o biodiesel de algas oferece a possibilidade de produção local de energia, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e potencialmente diminuindo os custos operacionais da propriedade. 

Além disso, a produção de biodiesel de algas pode ser integrada a outras atividades da fazenda. Por exemplo, as águas residuais da criação de animais podem ser utilizadas como fonte de nutrientes para o cultivo de algas, criando um ciclo sustentável de produção.

Do ponto de vista da sustentabilidade, o biodiesel de algas se alinha perfeitamente com os objetivos globais de desenvolvimento sustentável. Ele não apenas oferece uma alternativa aos combustíveis fósseis, mas também promove a economia circular, onde resíduos de um processo se tornam insumos para outro.

Apesar de todos esses benefícios, é importante reconhecer que a produção de biodiesel de algas em larga escala ainda enfrenta desafios. Os custos de produção, especialmente na fase inicial, podem ser elevados. 

Além disso, a tecnologia ainda está em desenvolvimento e pesquisas contínuas são necessárias para otimizar o processo e torná-lo mais acessível aos produtores rurais.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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