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Quais são os tipos de silvicultura?
Há vários métodos naturais e artificiais que atendem a áreas com diferentes tipos de silvicultura para satisfazer as exigências do mercado
2 minutos de leitura 29/12/2021 - 15:00
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A silvicultura brasileira ocupa uma área de 9,3 milhões de hectares, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais de 80% das florestas cultivadas utilizam eucalipto plantado para fins comerciais, como produção de papel, celulose, madeira e carvão vegetal. Apesar disso, existem diferentes métodos naturais e artificiais utilizados por produtores.
De forma geral, essa forma de cultivo pode ser dividida em dois modelos: clássico e moderno. A versão mais tradicional utiliza quase apenas florestas naturais, com uma preocupação maior com a estabilidade do ecossistema natural e as limitações decorrentes das forças produtivas da área. Já a silvicultura moderna utiliza quase exclusivamente as florestas plantadas. Isso torna a produção mais independente em relação à área natural, podendo criar um ambiente artificial para oferecer as melhores condições de desenvolvimento das árvores. A silvicultura moderna, além de madeira, pode produzir outros bens e serviços.
Os principais tipos de silvicultura
A silvicultura moderna, a mais praticada no agronegócio brasileiro, pode ser classificada de acordo com vários parâmetros, como ciclo de sistemas, tipos de povoamento, local e tecnologias aplicadas. As variedades de técnica vão desde cultivos mais orgânicos e consorciados até o uso de árvores geneticamente modificadas.
Silvicultura de precisão
A silvicultura de precisão utiliza a coleta e a análise de dados para aplicar intervenções preventivas ou corretivas de acordo com cada microambiente de uma área geográfica, para aumentar a eficiência e reduzir gastos. Esse tipo de cultivo é indicado para áreas com grande variação de fatores que interferem diretamente na produção florestal.
Silvicultura urbana
O cultivo de florestas em ambientes urbanos, em áreas públicas ou privadas, pode ter objetivos ecológicos, econômicos ou sociais. A silvicultura urbana procura combinar os benefícios da produção florestal para a cidade com a preservação ambiental e o uso industrial das matérias-primas. Para tanto, pode utilizar recursos tecnológicos para monitorar a cobertura vegetal.
Sistemas monocíclicos
Esses sistemas utilizam apenas uma espécie para produzir madeira comercial, um tipo de cultivo que altera totalmente a estrutura natural da floresta com objetivo de criar florestas altas com o mesmo tamanho. Entre os principais subsistemas, estão a regeneração natural/artificial com dossel protetor, a eliminação do dossel superior de uma só vez e em função da regeneração natural ou artificial das sementes e de sistema monocíclico de melhoramento.
Sistemas policíclicos
Com menos modificação da estrutura natural do ambiente em relação aos sistemas monocíclicos, os policíclicos visam cultivar uma cobertura florestal alta, mas com diferentes tamanhos e preponderância de espécies com valores comercial. Os sistemas policíclicos podem ser de enriquecimento, de melhoramento e de desbastes.
Diferença por povoamentos florestais
Em termos de povoamento florestal, em que parte da floresta se diferencia por sua estrutura e composição, as áreas de silvicultura podem ser classificadas em povoamentos de acordo com a diferença de idade entre as árvores jovens e adultas e a variedade de espécies (puras ou mistas).
Fonte: Agropos, Portal São Francisco, Lastrop, Agência Brasil.
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