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Inovação

Empresa gaúcha lança óleo de noz-pecã 

Produto gourmet é inédito e desenvolvido após 20 anos de pesquisas; produção depende de maior disponibilidade do fruto

2 minutos de leitura

24/06/2024 | 13:00

Por: Fernanda Farias | fernanda.farias@estadao.com

Foto: Divinut/Divulgação

A noz-pecã já é uma iguaria diferenciada, especialmente pelo sabor doce e amanteigado. Agora, imagine um óleo extraído desse fruto que pode substituir o azeite de oliva em saladas e no preparo de alimentos em geral. O óleo de noz-pecã é a aposta de uma empresa do Rio Grande do Sul que produz e exporta noz descascada há mais de 20 anos.

“É um óleo extravirgem, extraído a frio para preservar o sabor da pecã”,  conta Edson Ortiz, diretor da Divinut, de Cachoeira do Sul (RS). A iguaria foi apresentada durante a NaturalTech, maior feira de produtos naturais da América Latina, que aconteceu em São Paulo no mês de junho. Agora, o óleo de noz-pecã está sendo oferecido para empórios e distribuidoras de produtos naturais no país e também no exterior. 

Óleo de noz-pecã é vendido em vidro de 250 ml. Foto: Divinut/Divulgação.

A novidade vai além do sabor marcante da noz-pecã. O óleo também é saudável, como detalha a professora Doutora Jane Mara Block, do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina, que participou das pesquisas do produto. 

“Quando utilizado sem aquecimento mantém todas as qualidades sensoriais únicas, nutrientes e compostos bioativos que estão relacionados à uma dieta saudável. Ele apresenta 90% de ácidos graxos insaturados e em torno de 8% saturados”, destaca a pesquisadora.

Maior produção de óleo de noz-pecã depende de mais matéria-prima disponível

Inicialmente, a produção será em pouco volume. “Não vamos conseguir colocar no mercado os volumes que vínhamos projetando. A produção depende da disponibilidade de matéria-prima e, nesta safra, tivemos uma perda muito grande”, afirma Ortiz. 

É que o Rio Grande do Sul produz 80% da noz-pecã brasileira e as enchentes e inundações causaram a perda de boa parte dos pomares. Para ter uma ideia do prejuízo, o Brasil todo deve colher menos de 1 mil tonelada nesta safra, enquanto que em 2021, foram colhidas mais de 7 mil toneladas. 

A noz-pecã usada para extrair o óleo puro é produzida por quatro mil agricultores familiares, que fornecem o fruto para a empresa. O cultivo está concentrado em 600 municípios da região Sul do país.

“Como a matéria-prima é pouca, nós canalizamos o que produzimos em outras linhas até agora. Mas a ideia é aumentar a produção de óleo de noz-pecã, com o desenvolvimento dos novos pomares”, conta. 

A Divinut fornece noz-pecã descascada para todos os continentes, com uma média de 200 mil toneladas exportadas por ano. O maior volume vai para a Europa, mas o produto brasileiro acabou de entrar no Canadá e nos Estados Unidos e, em breve, deve chegar à China. “Estamos olhando para o mercado chinês que abriu. A China importa 45 mil toneladas de noz-pecã, do total de 300 mil toneladas produzidas no mundo”, conta o diretor  

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