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Cafeicultor vê tarifa dos EUA com apreensão

Apesar de os EUA terem parado de comprar momentaneamente, produtor aposta na escassez global para manter exportações em alta

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Sabrina Nascimento*| São Sebastião da Grama (SP) | sabrina.nascimento@estadao.com

25/07/2025 - 08:50

Produtor colhe entre 5 e 7 mil sacas de café anualmente | Foto: Sabrina Nascimento/Agro Estadão
Produtor colhe entre 5 e 7 mil sacas de café anualmente | Foto: Sabrina Nascimento/Agro Estadão

Apreensão, mas sem pânico. Essa é a visão do cafeicultor Diogo Dias Teixeira ao comentar a possibilidade de os Estados Unidos (EUA) aplicarem uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras a partir de 1º de agosto. 

Segundo o produtor, que administra a fazenda centenária da família desde os anos 2000, mesmo que os norte-americanos importem menos, ainda haverá outros mercados para o produto brasileiro. “[As tarifas] Podem afetar as exportações do Brasil para os EUA em um primeiro momento. E os EUA podem procurar café em outras origens, como Peru, Colômbia, Vietnã. Mas o que acontece? Há pouco estoque de café no mundo. Então, vai faltar café em alguma origem que virá comprar do Brasil”, explicou. 

Anualmente, Teixeira colhe entre 5 e 7 mil sacas de café, dos pés distribuídos em 221 hectares dedicados à cultura na Fazenda Recreio, em São Sebastião da Grama (SP). Dessa produção, cerca de 70% é destinada à exportação — algo em torno de 3,5 mil e 4,9 mil sacas —, tendo os EUA como principal mercado. 

Para exportar, o cafeicultor conta com o auxílio de uma empresa especializada em exportação. E, nesta semana, ele foi comunicado de que os importadores norte-americanos “pararam” o mercado. “O exportador nos avisou que os EUA deram uma parada nesta semana. Não estão fazendo novas compras”, comentou. 

Estados Unidos são os principais compradores externos do café de Diogo | Foto: Sabrina Nascimento/Agro Estadão

Antes dessa paralisação, há cerca de 15 dias, Diogo recebeu um grupo de americanos em sua fazenda, trazidos por um de seus compradores. Durante a visita, eles participaram de uma colheita seletiva na fazenda, utilizando todos os EPIs necessários, como óculos, botina, luva, camisa, peneira. “A gente recebe muita visita de gente que compra o nosso café para ver como está a lavoura, a produção, as condições de trabalho. E eles adoram”, relata o cafeicultor.

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E, mesmo com a colheita a pleno vapor e a iminência de uma tarifa do seu maior comprador, a situação não aterroriza Diogo, apesar de deixá-lo em alerta. “Estamos em um momento de apreensão ainda. Amanhã, podemos acordar e ter 50% de tarifa ou eles [governo dos EUA] podem dizer que não vão aplicar. A gente não sabe o que vai ser”, diz. 

De acordo com o cafeicultor, como a colheita ainda está em andamento, ele não tem nenhum lote de café indo para os EUA neste momento. 

*Jornalista viajou a convite da Yara Fertilizantes

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