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Economia

Saiba quais são as 5 carnes exóticas mais consumidas no Brasil

Mercado cresce a uma taxa média de 15% ao ano, com projeções otimistas, o que abre oportunidades de diversificação aos produtores

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Redação Agro Estadão

24/02/2025 - 08:00

Carne de javali tem ganhado popularidade em restaurantes especializados e boutiques de carnes - Foto: Adobe Stock
Carne de javali tem ganhado popularidade em restaurantes especializados e boutiques de carnes - Foto: Adobe Stock

O mercado de carnes exóticas no Brasil tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos. Apesar de diferentes, são apreciadas por muitos consumidores por causa do sabor e a experiência única que proporcionam. 

De acordo com a GFI (The Good Food Institute), o aumento na procura tem subido, em média, 15% ao ano, com projeções otimistas para os próximos anos. Essa elevação oferece oportunidades significativas a quem deseja diversificar sua produção e melhorar a produtividade.

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Legislação e normas para a produção de carnes exóticas

Antes de mergulharmos nas opções de carnes exóticas, é fundamental entender o cenário legal que envolve sua produção e comercialização. 

No Brasil, a criação e venda de animais exóticos para consumo são regulamentadas por uma série de leis e normas estabelecidas por órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Os produtores interessados em ingressar nesse mercado devem, primeiramente, obter as licenças necessárias junto ao Ibama, que é responsável por autorizar a criação de espécies silvestres em cativeiro. 

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É crucial, também, seguir as diretrizes do Mapa quanto às práticas de manejo, sanidade animal e abate humanitário. O cumprimento dessas regulamentações não apenas garante a legalidade da operação, mas assegura a qualidade e segurança do produto final para o consumidor.

Cada espécie pode ter requisitos específicos de criação e abate. Portanto, recomenda-se que os produtores rurais consultem as normativas atualizadas e, se necessário, busquem orientação de especialistas antes de iniciar qualquer empreendimento nesse setor.

As 5 principais carnes exóticas

Carne de javali

O javali, originário da Europa e Ásia, foi introduzido no Brasil e se adaptou bem ao clima e vegetação locais. Sua carne é apreciada pelo sabor marcante e textura firme, sendo rica em proteínas e baixa em gorduras saturadas. 

A criação de javalis é mais comum nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, onde o clima é mais favorável para a espécie.

A carne de javali tem ganhado popularidade entre os consumidores brasileiros, especialmente em restaurantes especializados e boutiques de carnes. O preço médio no mercado pode variar entre R$ 80,00 e R$ 450,00 por quilo, dependendo do corte. 

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Para os produtores rurais interessados, é essencial investir em cercas resistentes e seguir as normas de manejo estabelecidas pelo Ibama, que incluem a castração dos machos para evitar o cruzamento com porcos domésticos e a consequente hibridização.

Carne de jacaré

A carne de jacaré, especialmente do jacaré-do-papo-amarelo e do jacaré-açu, tem se destacado no mercado de carnes exóticas brasileiro. 

Originária das regiões Norte e Centro-Oeste, essa carne é conhecida por seu sabor suave, semelhante ao do frango, e sua textura macia. Rica em proteínas e com baixo teor de gordura, a carne de jacaré tem atraído consumidores preocupados com a saúde.

O preço da carne de jacaré no mercado brasileiro é em média R$ 60,00 reais, depedendo do corte. A criação de jacarés requer cuidados específicos, como o controle rigoroso da temperatura e umidade dos recintos. 

Os produtores devem obter licenças especiais do Ibama e seguir normas estritas de manejo e abate. O potencial de mercado é promissor, com demanda crescente, tanto no mercado interno quanto para exportação.

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Carne de rã

A carne de rã, embora menos comum que as anteriores, tem um nicho de mercado significativo no Brasil. Conhecida por seu sabor delicado e textura leve, é uma excelente fonte de proteínas e aminoácidos essenciais. 

A criação de rãs, ou ranicultura, é mais comum nas regiões Sudeste e Sul do país. O preço da carne de rã no mercado brasileiro pode chegar a R$ 60,00 o quilo.

Para os produtores rurais, a ranicultura oferece vantagens como o ciclo de produção relativamente curto e a possibilidade de criação em espaços menores. No entanto, requer cuidados específicos com a qualidade da água e o controle de temperatura. 

A regulamentação para a criação de rãs é menos restritiva comparada a outras espécies exóticas, mas ainda exige registro no Mapa e cumprimento das normas sanitárias.

Carne de codorna

Embora menos exótica que as anteriores, a carne de codorna tem ganhado espaço no mercado brasileiro de carnes diferenciadas. Originária da Europa e Ásia, a codorna se adaptou bem ao clima brasileiro e sua criação é difundida em várias regiões do país. 

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A carne é apreciada pelo sabor suave e textura macia, sendo rica em proteínas e baixa em gorduras. O preço no mercado é, em média, de R$ 30,00 por quilo. 

Para os produtores rurais, a coturnicultura (criação de codornas) oferece vantagens como o rápido ciclo de produção e a possibilidade de aproveitamento tanto da carne quanto dos ovos. 

A criação de codornas é regulamentada pelo Mapa e requer atenção especial à sanidade e ao manejo adequado das aves.

Carne de coelho

A cunicultura, ou criação de coelhos, tem se mostrado uma opção promissora no mercado de carnes exóticas no Brasil. A carne de coelho é conhecida por seu sabor suave, textura macia e alto valor nutricional, sendo rica em proteínas e baixa em colesterol. 

A criação é mais comum nas regiões Sul e Sudeste, mas tem potencial para expansão em outras áreas do país. O preço do coelho inteiro no mercado brasileiro fica em torno de R$ 69,90 o quilo. 

Para os produtores rurais, a cunicultura oferece vantagens como o rápido ciclo de reprodução e a possibilidade de criação em espaços relativamente pequenos. 

A regulamentação para a criação de coelhos é menos restritiva que para animais silvestres, mas ainda requer registro no Mapa e cumprimento das normas sanitárias e de bem-estar animal.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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