Economia
PIB do Agro cresce 1,81% e chega a R$ 2,72 trilhões em 2024
Últimos três meses do ano ajudaram a reverter tendência de queda

Redação Agro Estadão
09/04/2025 - 12:02

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro no ano passado cresceu 1,81% e atingiu o resultado de R$ 2,72 trilhões. Os dados são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e foram divulgados nesta quarta-feira, 09. No PIB total do Brasil, o setor representou 23,2%.
Segundo o levantamento das entidades, R$ 1,9 trilhão foram do ramo agrícola e R$ 819,2 bilhões do ramo pecuário. “O desempenho do ramo pecuário, especialmente no segundo semestre, ajudou a mitigar os impactos negativos, impulsionado pelo bom desempenho dos segmentos agroindustriais, de agrosserviços e de insumos”, aponta o documento técnico.

O ramo pecuário teve uma alta de 12,48%. Os segmentos destaques foram os agrosserviços (16,79%) e as agroindústrias (16,78%). O segmento primário e de insumos tiveram queda, de 0,16% e de 4,65%, respectivamente.
Quanto ao ramo agrícola, o ano fechou com queda de 2,19%. Houve retração em todos os segmentos analisados: insumos (-6,97%); primário (-3,54%); agrosserviços (-1,86%) e agroindustrial (-0,44%).
“No ramo agrícola, a queda do PIB foi atribuída principalmente à redução dos preços, apesar do aumento na produção industrial e da diminuição nos custos de insumos. Já no ramo pecuário, o PIB foi impulsionado pela combinação entre a expansão da produção e a elevação dos preços reais ao longo do ano”, analisam as entidades.
PIB do 4º trimestre — O quarto trimestre do ano passado colaborou para reverter a tendência de queda que vinha acontecendo nos trimestres anteriores. O PIB do Agro dos últimos três meses de 2024 cresceu 4,48%. Destaque também para o ramo pecuário, que teve alta de 10,71%. “Esse desempenho positivo ao longo do trimestre foi impulsionado pela elevação do valor bruto da produção, fator que esteve relacionado ao aumento dos preços reais no período”, apontaram os especialistas do Cepea/Esalq/USP e CNA.

Newsletter
Acorde
bem informado
com as
notícias do campo
Mais lidas de Economia
1
Pouco espaço em casa? Veja como fazer uma horta vertical
2
Chamada de nova soja, cannabis pode gerar quase R$ 6 bilhões até 2030
3
Banco do Brasil inicia renegociações de dívidas na próxima semana
4
Conheça a frutinha 'parente' da jabuticaba e pouco explorada
5
Soja: Argentina zera impostos e ameaça exportações do Brasil para a China
6
Safra 2025/2026 deve bater novo recorde com 353,8 milhões de toneladas

PUBLICIDADE
Notícias Relacionadas

Economia
China e EUA reacendem guerra comercial e abalam mercado agrícola
Soja e milho encerram a semana com quedas de até 1,52%, refletindo a guerra comercial; Trump anuncia tarifa de 100% à China.

Economia
Exportações de tabaco em 2025 devem superar 2024 e atingir cerca de US$ 3 bi
De janeiro a setembro, volumes exportados atingiram 376.907 toneladas, 19,23% a mais em relação ao mesmo período do ano passado

Economia
Camil: lucro cai 33% no trimestre — veja o que pesou no resultado
Empresa investe mais e amplia volumes vendidos, mas receita e rentabilidade recuam no Brasil

Economia
Brasil abre mercado de sementes de beterraba para Nicarágua
Vendas do agronegócio para país caribenho somaram US$ 47 milhões no ano passado
Economia
Cade vai investigar caso de venda casada no Banco do Brasil
Segundo ABDagro, a instituição financeira estaria condicionando o seguro em operações de crédito rural; BB nega exigir seguro para liberar financiamentos
Economia
Mesmo sem tarifa, exportações brasileiras de suco de laranja estão em queda
EUA lideram e Europa, China e Japão reduzem consideravelmente as compras; entenda os motivos
Economia
Cafés especiais brasileiros podem gerar US$ 70 milhões em negócios com Japão
Participação na maior feira do setor na Ásia e em rodada exclusiva com importadores locais reforça presença do Brasil no mercado japonês
Economia
Exportações de grãos da Argentina crescem até agosto; destaques para arroz e trigo
Governo argentino atribui aumento a eliminação de impostos, redução de retenções, simplificação de registros e abertura de mercados