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Economia

Mosaic inaugura unidade de mistura no TO para 1 milhão de toneladas de fertilizante

Fábrica deve abastecer parte da região do Matobipa, além de Mato Grosso e Goiás 

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Daulmildo Júnior | Palmeirante (TO)* | daumildo.junior@estadao.com

16/07/2025 - 15:35

Foto: Rafael F./Mosaic
Foto: Rafael F./Mosaic

A Mosaic, empresa do ramo de fertilizantes, inaugurou nesta quarta-feira, 16, uma nova unidade de mistura. Com capacidade de produção de 1 milhão de toneladas anualmente, a fábrica está localizada no município de Palmeirante (TO) e deve atender as cidades do estado além do Vale do Rio Araguaia e também uma porção de Mato Grosso.

De acordo com a multinacional, a escolha do local foi estratégica já que essa região, além das outras partes do Matopiba, tem uma demanda por fertilizantes maior do que a média de crescimento nacional (2% ao ano), chegando a incremento acima de 4% anualmente. 

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“Essa região do Maranhão, Tocantins, Piauí, uma parte do Mato Grosso, Vale do Araguaí, norte de Goiás, a gente estima que 20% do mercado de fertilizantes está aqui”, justificou o country manager da Mosaic no Brasil, Eduardo Monteiro.

Outro ponto é a esfera logística. A unidade está instalada no Terminal Integrador de Palmeirante (TIPA), que faz conexão com a Ferrovia Norte-Sul (FNS), possibilitando a integração com o Porto de Itaqui, no Maranhão, pela Estrada de Ferro Carajás (EFC). Aproximadamente 90% da matéria-prima deve vir pela via ferroviária, o que confere mais previsibilidade, conforme avaliou Monteiro.

“O grande ganho que nós temos aqui é a confiabilidade de ter um canal logístico, um fluxo logístico recorrente e eficiente com o nível de estabilidade importante que a ferrovia traz. Quando você olha a questão de custos, o sistema de outorga de ferrovia no Brasil e de precificação no final do dia, ele espelha muito o que o mercado faz. Então, você não tem um ganho de custo de frete grande comparado com o caminhão. O custo é muito semelhante. O que você ganha é na sustentabilidade, na confiabilidade e em garantir uma prioridade, um acesso logístico mais eficiente no porto”, ressaltou.

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Desse porto no Maranhão, o material vindo principalmente do Canadá inicia a jornada até os campos e lavouras da região. Esse trajeto logístico vai poupar cerca de 27 mil caminhões anualmente, segundo a empresa. Depois que chegam na nova unidade, são feitas as formulações conforme os pedidos dos produtores, como explica a gerente geral das unidades de mistura e distribuição da Mosaic no Brasil e Paraguai, Juliana Ricca.

Neste ano, a expectativa é de que a unidade fabril possa produzir 500 mil toneladas de fertilizantes e chegar a capacidade máxima de 1 milhão de toneladas até 2028. 

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, participou da inauguração e destacou a atuação dos produtores de  grãos. Além disso, lembrou que o estado tem diferenciais que atraem investimentos de empresas do setor agropecuário.

“O Tocantins é uma fronteira diferente, porque tem duas bacias hidrográficas interessantes. Daqui a pouco nós estamos esperando mais uma vertente de escoamento, que é a hidrovia Tocantins-Araguaia. Além de sermos cortados por rodovias federais, que é o caso da BR-153, que atravessa o estado”, disse. 

Complexo agroindustrial para o Matopiba

O CEO da VLI, Fábio Marchiori, empresa responsável pela operação do terminal de Palmeirante, destaca a intenção de tornar o local um complexo agroindustrial com foco na região do Matopiba. Com a nova unidade da Mosaic, o local envolve transporte ferroviário de fertilizantes, grãos e combustíveis. 

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“A ideia é continuar crescendo o complexo com todos os insumos e toda a capacidade que for necessária para tornar esse fluxo do agro cada vez mais eficiente. A gente sabe que o caminhão é fundamental, mas ele é mais eficiente no tiro curto, que a gente chama, 300 a 350 quilômetros. O tiro longo é a ferrovia”, complementou. 

Ainda conforme Marchiori, há “conversas engatilhadas” com outras empresas para a construção das suas respectivas unidades, inclusive na área de insumos.

“Dentro da área de fertilizantes, temos nomes com quem a gente está conversando e eles estão avaliando exatamente quanto de investimento eles vão ter que fazer”, afirmou ao lembrar que a unidade da Mosaic teve um custo de R$ 400 milhões.

*Jornalista viajou a Tocantins a convite da Mosaic

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