Comercialização de soja em Mato Grosso é a mais baixa da história
Produtores venderam até agora apenas 37,5% da soja que está sendo colhida
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07/02/2024
Por: Fernanda Farias | fernanda.farias@estadao.com
Os produtores de soja em Mato Grosso venderam até agora apenas 37,5% da produção da safra de 2023/2024. Esta é a menor comercialização de soja já registrada no estado, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (IMEA).
No mesmo período da safra de 2022/2023, a comercialização da soja já havia atingido 40,67%. A diferença é mais acentuada em relação a 2021/2022, quando 51,26% da soja tinham sido negociadas nesse período da safra.
“Os produtores estão receosos por conta do preço e da incerteza da soja que vão colher, por isso frearam as negociações”, explica Vanessa Gaesh, gestora de desenvolvimento regional IMEA. O Instituto estima quebra de 14% na safra. Com essa redução, a expectativa é colher 39 milhões de toneladas de soja em Mato Grosso.
Agricultores precisaram replantar 5% das áreas de soja
Em Mato Grosso, mais de 40 municípios já decretaram situação de emergência desde o ano passado, em função da estiagem. O mais recente foi Rondonópolis, a pedido do setor produtivo da região. A medida vale por 90 dias.
O principal motivo é o resultado das lavouras que não tem sido o esperado. A estiagem que afetou Mato Grosso no início da implantação provocou replantio em 5,88% das áreas, de acordo com o IMEA. Esse também é um recorde para os produtores mato-grossenses.
Já nas áreas em que o sojicultor decidiu apostar no que já havia semeado, a soja acabou crescendo com poucas vagens e os grãos não se desenvolveram bem. A consequência disso é uma produtividade 14% menor. O IMEA estima que serão colhidas 53,59 sacas por hectare.