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Economia

Colheitas de soja, arroz e milho são retomadas no RS

Umidade excessiva, grãos comprometidos e desafios operacionais surgem após a trégua da chuva, aponta levantamento da Emater-RS

Nome Colunistas

Sabrina Nascimento

23/05/2024 - 18:32

Fonte: Emater-RS/Divulgação
Fonte: Emater-RS/Divulgação

A pausa das chuvas no Rio Grande do Sul permitiu o avanço, mesmo que lento, dos trabalhos de campo. Nesta semana, colheitadeiras avançaram em lavouras nas regiões produtivas de soja, arroz e milho. As informações constam no informativo conjuntural publicado nesta quinta-feira, 23, pela Emater-RS

Soja

A retomada da colheita da soja, impulsionada pela diminuição das chuvas, trouxe uma série de desafios operacionais. O solo úmido tem dificultado os trabalhos. Na metade norte, onde o ciclo estava próximo da finalização, houve o comprometimento das lavouras devido às garoas e ao excesso de umidade. 

CONTEÚDO PATROCINADO

No entanto, mesmo nas regiões onde as precipitações foram menores, os solos permanecem saturados de umidade, prejudicando a atividade. Segundo a Emater-RS, a área colhida no estado alcançou 91%.

Além disso, a alta umidade dos grãos impactou a entrega nas unidades de secagem e armazenamento, gerando preocupações quanto à qualidade e conservação dos produtos.

Arroz

A colheita do arroz foi retomada nas regiões menos afetadas pelas chuvas. Estima-se que aproximadamente 95% das lavouras tenham sido colhidas. 

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“Contudo, as perdas provocadas pela submersão de cultivos maduros e pelo acamamento de plantas estão consolidadas, levando muitos produtores a abandonarem as áreas remanescentes devido à inviabilidade técnica e econômica para realizar a operação”, revela o documento.

Em alguns municípios, os produtores estão concluindo a colheita e aproveitando o tempo mais seco para adiantar o preparo dos talhões para a próxima safra.

Milho

A colheita do milho avançou 4% em relação à semana anterior, atingindo 92% da área cultivada. Porém, as lavouras por colher apresentam sinais de maturação e fungos, “demandando urgência na retirada da cultura do campo”, destaca o boletim. A presença de micotoxinas e a germinação em espiga representam riscos adicionais, exigindo uma resposta rápida por parte dos produtores para evitar perdas significativas.

Produção de leite

As enchentes também afetaram a produção de leite, com perdas significativas de animais e queda na produção. Os riscos de doenças como mastite e leptospirose aumentaram, exigindo medidas preventivas e revacinação dos rebanhos para garantir a saúde e a segurança dos animais.

Pastagens e pecuária de corte

O excesso de umidade nas pastagens tem comprometido a semeadura e o desenvolvimento das culturas, afetando diretamente a bovinocultura de corte.

Em todo o Estado, a situação dos campos nativos e das pastagens cultivadas é preocupante em razão de haver grandes áreas comprometidas pelo excesso de umidade. O solo encharcado está dificultando tanto a semeadura quanto o desenvolvimento das culturas em fase vegetativa.

Além disso, as enchentes resultaram em mortes por afogamento e problemas sanitários, exigindo cuidados adicionais por parte dos produtores para garantir a saúde e o bem-estar do rebanho.

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